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Justiça nega prisão de padrasto e mãe após sumiço de garoto

Juíza de Ribeirão Preto diz que não pode seguir 'clamor' e que casal colabora com investigações

Pedido havia sido feito pela polícia após menino de 3 anos ter desaparecido; eles dizem ser inocentes

GABRIELA YAMADA DE RIBEIRÃO PRETO

A Justiça de Ribeirão Preto negou o pedido de prisão temporária da mãe e do padrasto do menino Joaquim Ponte Marques, 3, desaparecido desde a madrugada da última terça-feira na cidade.

A juíza Isabel Cristina Alonso Bezerra dos Santos, da 2ª Vara do Júri e das Execuções Criminais, alegou na decisão que o técnico em informática Guilherme Raymo Longo, 28, e a psicóloga Natália Mingoni Ponte, 29, estão colaborando com as investigações, conforme "amplamente divulgado pela mídia".

Ainda segundo a juíza, não existe risco concreto de o casal fugir, coagir testemunhas ou destruir provas. "A decisão judicial não pode estar atrelada ao clamor social ditado em razão do sofrido desaparecimento de uma criança", afirma Isabel no documento.

Joaquim desapareceu de sua casa no Jardim Independência, zona norte. A mãe só deu conta do sumiço de manhã, quando acordou.

Ontem, o padrasto se disse inocente e afirmou que também quer achar o menino. "Esse garoto não é meu filho, mas sempre cuidei dele como se fosse."

O promotor Marcus Tulio Alves Nicolino, que deu parecer favorável à prisão temporária, afirmou que irá conversar com o delegado Paulo Henrique Martins de Castro para saber se foram produzidas provas a mais e, assim, renovar o pedido à Justiça.Castro disse que ainda não sabia dizer se o pedido de prisão seria refeito.

Para o promotor, há indicativo de que houve homicídio qualificado e não há sinais da participação de terceiros no sumiço."A casa não tinha nenhuma janela ou porta arrombada e o cadeado estava no portão", disse.

Ainda segundo ele, "não há nenhuma explicação plausível para o desaparecimento de Joaquim". Para o promotor, é possível que o casal mude o cenário da casa e "suma com provas".

Ao saber da decisão de juíza, Arthur Paes, pai do menino, disse: "Eu tenho fé de que meu filho está bem e que vou encontrá-lo com vida".

Ontem, a mãe e o padrasto prestaram novo depoimento. O delegado afirmou que houve contradições. Ele disse que há expectativa da polícia de que o menino tenha sido jogado em um córrego.


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