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Cotidiano

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Estudante acusado de agredir coronel em protesto é solto

Juiz ordenou libertação para evitar 'constrangimento ilegal', pois circunstâncias do crime ainda não foram esclarecidas

Paulo Henrique dos Santos, que nega crime, é único indiciado; militar foi espancado por mascarados

HELOISA BRENHA DE SÃO PAULO

O estudante preso sob acusação de agredir um coronel da Polícia Militar durante protesto em São Paulo foi libertado ontem por ordem da Justiça. Após 13 dias detido, Paulo Henrique Santiago dos Santos, 22, deixou à noite o Centro de Detenção Provisória 3 de Pinheiros (zona oeste).

Santos foi indiciado sob suspeita de associação criminosa e tentativa de homicídio contra o coronel da PM Reynaldo Simões Rossi, comandante da região central.

O militar foi espancado por cerca de dez manifestantes que participavam de manifestação organizada pelo MPL (Movimento Passe Livre) em 25 de outubro. Sofreu fratura na omoplata, além de cortes nas pernas e na cabeça.

A maior parte dos agressores flagrados em fotos e vídeos usava máscaras. Até agora, Santos é o único indiciado.

O PM Márcio Yukio Yoshino, que socorreu o coronel, aponta o rapaz como um dos agressores. "[O estudante] agrediu a vítima com pauladas, socos e chutes, mesmo tendo esta caído ao solo, (...) com o intuito de matá-la", disse ele, em seu depoimento.

A defesa do rapaz nega.

CONSTRANGIMENTO

Na decisão em que concedeu liberdade provisória a Santos, o juiz Alberto Anderson Filho diz que mantê-lo preso poderia caracterizar um "constrangimento ilegal", já que as circunstâncias do crime ainda não foram elucidadas e pode levar tempo até o Ministério Público apresentar denúncia contra o rapaz.

Enquanto isso, Santos terá de prestar contas mensalmente à Justiça e não poderá participar de qualquer manifestação nem frequentar bares, casas noturnas e locais com aglomeração de pessoas, à exceção da Faculdade Santa Marcelina, onde cursa relações internacionais.

Em nota, a PM afirmou que não comentará a decisão.

DEFESA

Em seu pedido de liberdade levado à Justiça, o advogado do universitário, Guilherme Braga, apresentou 480 imagens quadro a quadro do vídeo que registrou o coronel sendo agredido por manifestantes mascarados, adeptos à tática "black bloc", que pregam o dano a patrimônio como forma de protesto.

"Na manifestação, a polícia prendeu dezenas de pessoas para triagem e, mais tarde, verificando as fotos, identificou Paulo porque ele é o único que aparece com o rosto descoberto. Mas as imagens mostram que ele nem sequer encostou no policial", afirmou Braga.


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