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Mudança em reprovação é 'pedagógica', diz Alckmin

Alunos da rede estadual poderão repetir em 3 das 9 séries iniciais

Alteração começa em 2014; para secretário, em 2015 já deverá haver impacto positivo nas avaliações de ensino

FÁBIO TAKAHASHI DE SÃO PAULO

O governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), disse ontem ter cunho "pedagógico" a ampliação no número de séries com possibilidade de reprovação no ensino fundamental na rede estadual.

Conforme a Folha antecipou na edição de ontem, a reprovação passará a ser possível em três das nove séries do ensino fundamental (3º, 6º e 9º anos), ante duas séries atualmente (5º e 9º).

A mudança passa a valer em 2014. "Precisa ter a questão pedagógica. Não pode ficar cinco anos, para aqueles casos que são necessários, ficar sem reprovação", disse.

A alteração prevê também que as provas aplicadas de forma obrigatória aos alunos passem a ser bimestrais. Hoje são semestrais.

EFEITO EM 2015

Segundo o secretário da Educação, Herman Voorwald, as mudanças deverão surtir efeito positivo nas avaliações de aprendizagem aplicadas em 2015.

A medição do próprio governo estadual mostra que 28% dos alunos do 5º ano estão com conhecimento insuficiente em matemática. Na escala utilizada pela ONG Todos pela Educação, são 63%.

Há três meses, a gestão Fernando Haddad (PT) também aumentou o número de séries em que poderá haver reprovação, na rede municipal.

De acordo com Alckmin, a decisão da prefeitura não influenciou as alterações em sua rede. "Discutimos o assunto desde 2011", afirmou.

Com a mudança anunciada ontem, porém, os tucanos podem neutralizar nas eleições de 2014 o discurso dos petistas de que acabaram com a aprovação automática --nome pejorativo do sistema que prevê reprovação apenas ao final de um ciclo, não ao término de cada série.

'SEM SABER'

Parte dos pais e dos professores entende que a má qualidade do ensino público ocorre principalmente porque os alunos "passam sem saber". Os docentes em especial reclamam que perderam a autoridade nas aulas.

"A demanda que recebemos da rede era de que acabássemos com a progressão continuada", disse o secretário estadual de Educação.

O modelo foi implementado nos anos 1990 em São Paulo sob a premissa de que cada estudante tem um ritmo de aprendizagem.

Além disso, pesquisas mostram que o aluno que reprova tem mais chances de desistir da escola no curto prazo. Tanto Alckmin quanto seu secretário defenderam o sistema de progressão continuada. Afirmaram que apenas faltavam ajustes.

O ensino médio segue com reprovação ano a ano.


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