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Promotor diz não ver motivo para ouvir ex-prefeito

DE SÃO PAULO

O promotor Roberto Bodini, um dos responsáveis pela investigação do esquema de fraude no ISS, disse que ainda não há motivos para ouvir ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) e o ex-secretário de Finanças Mauro Ricardo.

Para ele, as escutas já divulgadas e as outras gravações e provas obtidas pelos promotores ainda não incriminam Kassab ou Ricardo.

"Nesses sete meses de investigação nós ficamos atentos e procuramos descobrir se havia mais alguém envolvido. Seja superior, colateral, inferior, qualquer lado. Nós não obtivemos êxito. Seja um secretário seja um faxineiro."

Sobre a conversa do ex-subsecretário da Receita Ronilson Bezerra interceptada em setembro, na qual ele diz à servidora Paula Sayuri Nagamati que "o secretário e o prefeito com quem eu trabalhei [...] tinham ciência de tudo", o promotor relativiza.

Para o promotor Bodini, o primeiro objetivo é esclarecer o que é esse "tudo" mencionado pelo auditor. "Tudo o quê? Era uma questão envolvendo o patrimônio? Seria uma questão envolvendo o esquema do ISS? Temos que analisar e temos que prosseguir em relação a isso."

Caso encontre alguma irregularidade, será preciso saber se há alguma eventual participação ou convivência dos superiores de Ronilson.

Questionado por que o Ministério Público não questionou o delator Luis Alexandre Cardoso Magalhães sobre essas interceptações, o promotor disse que isso poderá ser feito futuramente, sem data definida para ocorrer.

"O que nós perguntamos para ele, genericamente, foi se acima de Ronilson alguém mais participava ou mais alguém recebia esses valores. Ele disse desconhecer."

E continuou. "Matematicamente, a versão dele nos convenceu. Porque se ele falasse que a propina era divida por cinco, e eles eram em quatro, nos induziria ao raciocínio: quem é quinto? Mas ele diz que era dividida por quatro."

Bodini disse ainda que a investigação da Promotoria já conseguiu subir "três degraus" em relação ao cargo do delator --chegando ao ex-subsecretário da Receita.

"Eu não vou chamar o Luís [Magalhães] aqui para tirar essa dúvida [sobre as interceptações telefônicas]. Isso não é minha prioridade. Não vou marcar uma data para uma oitiva específica sobre esse ponto", afirmou ele.


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