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Máfia do ISS

Após dez dias, suspeitos de fraude saem da cadeia

Prazo de prisão temporária venceu, e Promotoria decidiu não pedir mais tempo

Para promotor, período em que eles ficaram detidos já foi suficiente para coletar provas sobre esquema no ISS

DE SÃO PAULO

Após dez dias presos, três auditores fiscais suspeitos de participação no esquema de desvio de verbas do ISS foram soltos na madrugada de hoje.

Eles cumpriam prisão temporária desde a semana passada na carceragem do 77º DP (Santa Cecília), no centro.

A liberação ocorreu porque a Promotoria desistiu de pedir para a Justiça prolongar a prisão deles --cuja autorização inicial acabava ontem.

O Ministério Público argumenta que já conseguiu recolher as provas suficientes e, por isso, é possível agora aguardar a tramitação do processo até seu julgamento.

O ex-subsecretário da Receita Ronilson Bezerra Rodrigues, apontado como chefe do grupo acusado de desvios de R$ 500 milhões, e os auditores fiscais Eduardo Horle Barcellos e Carlos Augusto di Lallo Leite do Amaral ficaram presos na mesma cela.

Eles saíram da delegacia por volta da 0h nos carros dos advogados deles e não falaram com a imprensa.

O advogado de Ronilson, Marcio Sayeg, disse que ele estava muito abatido e deveria ir para casa. O defensor reclamou de supostos excessos na busca e apreensão. "[Os policiais] levaram até computadores das crianças", disse.

A Promotoria poderia ter solicitado uma prisão preventiva, que não tem prazo definido para terminar, mas os promotores consideraram ser desnecessário no momento.

"Entendemos que o tempo de prisão da temporária, apesar de curto, foi suficiente para cumprir aquela finalidade que nós expusemos ao Judiciário. Fazer a produção da prova nessa fase inicial", afirmou o promotor Roberto Bodini, um dos responsáveis pela investigação da fraude.

Além dos três, também havia sido preso o auditor fiscal Luis Alexandre Cardoso de Magalhães. Ele foi solto no domingo passado após acordo de delação premiada.

Ele confirmou a existência do esquema e entregou a participação dos outros colegas.

Os outros suspeitos negaram participação no crime.

A Promotoria informou que solicitaria a apreensão dos passaportes dos suspeitos, para evitar uma eventual fuga. Alguns já tinham sido apreendidos, segundo o promotor, sem dar detalhes.

Ontem, a prefeitura divulgou nota dizendo que Ronilson, di Lallo do Amaral e Barcellos serão afastados por 120 dias das duas funções. Magalhães já havia sido afastado no último dia 5.


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