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Família forjou assinatura de Gurman, diz atropeladora

Parentes negam; contrato foi usado em indenização

GIBA BERGAMIM JR. DE SÃO PAULO

A nutricionista Gabriella Guerrero, 30, denunciada pela morte do administrador Vitor Gurman, 24, acusa a família do rapaz de ter usado documento com uma falsa assinatura dele para obter uma indenização na Justiça.

A acusação é baseada no laudo de um perito. A família diz que a suspeita é absurda.

Gurman foi atropelado pelo jipe Land Rover conduzido por Gabriella em julho de 2011.

Ontem, o juiz Régis Bonvicino deu cinco dias para que as duas partes se manifestem sobre o laudo do perito Edison D'andréa Cinelli, do Instituto de Criminalística. Nele, Cinelli diz que houve "falsificação por imitação" da assinatura de Gurman num contrato com a empresa em que trabalhava.

Segundo a família, era com o salário da empresa que o jovem ajudava a sustentar a avó, Ida Gurman, 78, pagando o aluguel da casa dela.

Em 2012, a Justiça ordenou em decisão liminar (provisória) que a idosa recebesse pensão mensal de R$ 3.200 de Gabriella e do ex-namorado, Roberto de Souza Lima, dono do carro e que estava no banco do passageiro. Determinou ainda que eles pagassem as despesas com o funeral, de R$ 27 mil.

O casal recorreu e apresentou documentos dizendo que a assinatura de Gurman foi falsificada após sua morte.

"Isso será contestado. Há testemunhas que confirmam que Vitor assinou o contrato", diz Alexandre Venturini, advogado da família. Segundo ele, a hipótese de não reconhecimento da assinatura pode estar ligada ao fato de que, na época, Gurman tomava medicamentos que podem ter causado tremores nas mãos.

"Claro que a assinatura é dele. A beneficiada é uma idosa. Ele era arrimo dela", diz Nilton Gurman, tio da vítima.

O administrador foi atingido numa calçada na Vila Madalena, zona oeste. Gabriella disse que perdeu o controle do carro e afirmou à Folha que havia bebido uma margarita.

No último dia 22, a Promotoria a denunciou por homicídio doloso (intencional), afirmando que ela assumiu o risco de matar ao dirigir sob efeito de álcool e em velocidade acima da permitida.


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