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Índios adiam protesto na BA para receber médicas

Chegada de cubanas deu curta trégua na disputa agrária do distrito de Olivença

MÁRIO BITTENCOURT COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE VITÓRIA DA CONQUISTA

A chegada de duas médicas cubanas ao distrito de Olivença, em Ilhéus (BA), ontem, fez com que índios tupinambás em conflito com fazendeiros adiassem o bloqueio de uma rodovia para recepcionar as profissionais do programa Mais Médicos.

O plano inicial era protestar contra o assassinato de três índios na sexta-feira, na comunidade vizinha de Acuípe de Baixo.

Em vez disso, os tupinambás levaram pitangas ao centro cultural de Olivença para presentear as cubanas.

"É muito forte [o gosto]", comentou, ao experimentar a fruta, a médica Ana Ofélia, 44, que já atuou na África. "Mas é muito gostosa", completou a colega Zu Nieska, 28, com passagem pela Bolívia.

As cubanas irão trabalhar em comunidades indígenas do sul da Bahia onde impera um clima de tensão devido a conflitos por disputa agrária.

"Estamos sabendo dos conflitos, mas não vamos interferir. Viemos para atuar na saúde e melhorar as condições da população indígena", afirmou Ana Ofélia.

O cacique Val Tupinambá justificou a atitude. "Nossa reivindicação com relação à saúde é a ampliação das equipes. Como a chegada delas é muito bem-vinda, decidimos adiar a manifestação para recepcioná-las", disse.

Segundo o coordenador técnico da Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena) local, Ângelo Magalhães, as equipes de saúde ficaram 15 dias sem visitar as comunidades indígenas por orientação da Polícia Federal.


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