Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Piero Luigi Giuseppe Bastianelli (1935-2013)

Não media esforços pela música

MYUNG HWA BALDINI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Quando Piero Bastianelli veio ao Brasil, em 1961, não planejava passar no país os próximos 52 anos de sua vida.

Nascido em Pisa, na Itália, aprendeu a gostar de música ouvindo o pai, Italo, tocar o violoncelo. Não demorou para seguir o mesmo caminho.

Talentoso musicista, radicou-se em Salvador e consolidou sua carreira na Ufba (Universidade Federal da Bahia).

Foi na biblioteca da Escola de Música que conheceu sua mulher, Gilda, então bibliotecária. Para poder conversar com ela, Piero ia sempre buscar livros que não existiam.

Professor dedicado, foi diretor da Escola de Música e pró-reitor de Extensão Universitária. Regeu por muitos anos a Orquestra Sinfônica da Ufba e a Sinfônica da Bahia.

Na década de 1970, recusou convites para voltar para a Europa por acreditar que na música brasileira havia ainda muito trabalho por fazer.

Ferrenho defensor do talento sobre a técnica, era um grande incentivador de seus alunos, com quem gostava muito de conversar e cujos trabalhos sempre acompanhava.

A infância difícil durante a Segunda Guerra Mundial marcou em Piero o valor da generosidade. Quando criança, sua família dividiu por 14 anos a casa em que viviam com um casal e sua filha, cujo lar havia sido bombardeado.

Quando não estava se dedicando à música, Piero gostava de ir a antiquários em busca de objetos, como os selos, Cristos e outras peças de arte sacra que colecionava.

Morreu na segunda (11), aos 78 anos, em decorrência de um câncer na bexiga. Deixa a viúva, com quem viveu por 47 anos, dois filhos e três netos.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página