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Foco

Hoje investigado, auditor tem 'função' e prestígio no PMDB

GIBA BERGAMIM JR. DE SÃO PAULO

Na página do Facebook do vereador Nelo Rodolfo (PMDB), o auditor fiscal Fábio Camargo Remesso é chamado de "irmão" e "amigo".

Investigado sob suspeita de envolvimento com a máfia do ISS --grupo que oferecia a construtoras descontos no imposto em troca de propina--, ele não conta só com a amizade do vereador.

Goza também de prestígio dentro do partido do parlamentar. É representante oficial da comissão executiva do PMDB paulistano --como sexto suplente do grupo presidido por Gabriel Chalita.

Remesso colaborou não só com a campanha de Rodolfo como buscou votos para Chalita, derrotado nas eleições de 2012. No segundo turno, Chalita apoiou Fernando Haddad (PT), que venceu.

Fotos do auditor abraçado com caciques do partido, como o vice-presidente da República, Michel Temer, o pré-candidato ao governo estadual, Paulo Skaf, e o presidente estadual do PMDB, Baleia Rossi, circulam pela internet em encontros partidários de diferentes bairros.

AMIZADE

Uma testemunha ouvida pelo Ministério Público disse que Remesso teria repassado dinheiro a Rodolfo para campanha de vereador. A mesma testemunha diz que Ronilson Rodrigues, acusado de ser o chefe do esquema, deu dinheiro para as campanhas de Rodolfo e Paulo Fiorilo (PT).

Os vereadores dizem que o testemunho é mentiroso e que as prestações de contas à Justiça eleitoral comprovam que não houve doações.

O que Rodolfo não nega é a relação de amizade com Remesso há mais de 15 anos, segundo o vereador, porque ambos viviam no bairro Lauzane Paulista (zona norte).

Diante da investigação, o auditor foi exonerado este mês da Secretaria de Relações Governamentais, comandada por João Antonio (PT).

Antes, ele havia atuado na pasta de Assistência Social, sob comando de Luciana Temer, filha do vice-presidente, após indicação do partido.

Conforme a Folha mostrou, Rodolfo empregava dois parentes de Remesso em seu gabinete, que foram exonerados assim que o auditor foi citado nas investigações.

"Continuo acreditando que o Fábio [Remesso] não está envolvido nesse caso. Até que se prove o contrário, ele tem a minha solidariedade", disse o vereador à Folha, por e-mail, na semana passada.

Ele diz que empregou o pai e a mulher de Remesso porque ambos tinham atuação comunitária na zona norte.

Por meio de sua assessoria, Chalita disse que o auditor não participou da coordenação de sua campanha, embora seja da executiva do PMDB. Ele disse que a indicação dele para atuar na gestão Haddad partiu de Rodolfo. A Folha tentou localizar Remesso nos últimos dias, sem sucesso.


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