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Haddad afasta assessor investigado

Tony Nagy é suspeito de enriquecimento ilícito; ele doou R$ 140 mil a vereador em eleição

DE SÃO PAULO

O assessor especial da Secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo da Prefeitura de São Paulo, Tony Nagy, foi afastado de suas funções.

Ele é investigado pela Controladoria Geral do Município sob suspeita de enriquecimento ilícito e de manter relações com a Máfia do ISS, conforme a Folha revelou ontem.

O afastamento ocorreu após determinação do prefeito Fernando Haddad (PT), que recebeu a recomendação da Controladoria.

Haddad disse que o secretário Eliseu Gabriel continuará no cargo, mesmo diante das suspeitas contra seu assessor direto. "Não há acusação contra o secretário", disse.

Nagy foi o terceiro maior doador da campanha de Gabriel em 2012. Para se reeleger vereador, ele contou com R$ 140 mil doados por Nagy.

Gabriel deve sair da pasta no ano que vem porque deve ser candidato a deputado estadual pelo PSB.

Também porque é do PSB, de Eduardo Campos, adversário de Dilma Rousseff (PT) nas eleições à presidência.

Por meio de sua assessoria, o secretário afirmou que optou por afastá-lo. Disse que já estava à espera de um pedido formal de demissão do próprio Nagy por e-mail, mas a mensagem não foi enviada.

Haddad disse que o assessor não apresentou sua declaração de renda e, por isso, passou a ser monitorado.

O prefeito afirmou que já havia conversado com o secretário a respeito da "situação delicada" do assessor por conta do que já havia sido apurado pela Controladoria. "São indícios graves", afirmou Haddad.

Nagy diz ser especialista em regularização de imóveis, Plano Diretor e operações urbanas. Sua família é dona de uma empresa chamada Aprov Projetos e Regularizações.

BAIXO SALÁRIO

Gabriel diz não saber quanto Nagy ganhava no ano passado. Mas cargo similar ao que ele ocupava recebia cerca de R$ 2.000 líquidos por mês --ou seja, seriam precisos cinco anos e oito meses sem gastar nada para fazer uma doação de R$ 140 mil.

A lei prevê que uma pessoa física possa doar no máximo 10% de seu rendimento bruto no ano anterior à eleição. Por essa regra, Nagy precisaria ter ganho R$ 1,4 milhão em 2011 para fazer a doação.

Atualmente, Nagy recebe salário bruto de R$ 4.852. Mora numa cobertura avaliada em R$ 1,5 milhão na zona oeste de São Paulo. A Folha não conseguiu localizá-lo.


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