Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Repórter conta como é estar na salinha de doação

DE SÃO PAULO

Acordar cedo para conseguir chegar no laboratório, cumprimentar a recepcionista, conversar com a médica, fingir estar tranquilo e entrar na sala de coleta de sêmen já seria tarefa difícil. Com gravador, crachá do jornal e fotógrafo a tiracolo, tudo é mais ingrato.

Quando me dei conta, estava na saleta iluminada por luz branca, em frente a uma enorme TV de plasma e uma pilha de revistas e de DVDs eróticos (maior ainda).

Dava para ouvir a risada do fotógrafo: "Ele já tá mandando ver". Não, não estava. Quando o barulho lá fora diminuiu, arrisquei olhar a coleção de "Playboys" e DVDs: "Ninfetas Viciadas em Sexo", "Todas Querem Jack" e "Três Horas de Luxúria" eram alguns.

Fiquei sentado no sofá de couro branco por uns 20 minutos. Depois de cumprir minha missão, abri a janelinha dos fundos da sala. Sobre uma placa aquecida a 37°C, deixei o potinho.

Amigos perguntaram o que eu acharia se a experiência resultasse em filhos. Nunca vou saber. Então, estou tranquilo.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página