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Máfia do ISS

Promotor quer quebrar sigilo de empresas

Ministério Público ameaça fazer pedido à Justiça para ter colaboração de construtoras nas investigações do esquema

Empresas do setor imobiliário citadas dizem que ainda não foram notificadas para prestar depoimento

GIBA BERGAMIM JR. DE SÃO PAULO

O Ministério Público ameaça pedir à Justiça a quebra dos sigilos bancário e fiscal de construtoras suspeitas de pagamento de propina à máfia do ISS que não colaborarem com as investigações.

Quatro empresas citadas em depoimentos por auditores fiscais começarão a ser chamadas para prestar depoimento a partir de quinta: BKO, Tarjab, Tecnisa e Trisul.

O promotor Roberto Bodini disse que a intenção é saber se representantes das empresas participavam do esquema --e se voluntariamente ou mediante extorsão.

"Se continuar essa postura de se fechar, de não sabemos de nada', vamos ter que avançar. Pediremos a quebra de sigilo bancário e fiscal", afirmou Bodini.

As empresas dizem ainda não ter sido notificadas.

Representantes das construtoras Alimonti e Brookfield também serão ouvidos. Mas, segundo a Promotoria, elas têm colaborado com as apurações. A Brookfield já se apresentou por meio de um representante e confirmou haver pagamento de propina.

O esquema, segundo as investigações, pode ter provocado um rombo de R$ 500 milhões. Os auditores fiscais recebiam propina em troca da redução do ISS devido.

O promotor diz que será pedida ajuda à Receita Federal para fiscalizar as contas das empresas e saber se os pagamentos aos fiscais eram feitos por meio de caixa 2.

"Tenho notícias de que elas participavam de um esquema criminoso. Tenho que saber se as contas dessas empresas estão em ordem."

Segundo Bodini, a ideia é encontrar eventuais discrepâncias nas contas das construtoras nos períodos em que os empreendimentos lançados por elas obtiveram certificado de quitação de ISS.

Ontem, foram ouvidos novamente os auditores fiscais Luís Alexandre Magalhães e Eduardo Horle Barcellos.

Em entrevista ao "Fantástico", da TV Globo, Magalhães afirmou que as próprias empresas procuravam os fiscais para participarem do esquema.


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