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Plano limita garagem e tenta mudar modelo de transporte

Inovações de projeto incentivam ocupação no entorno de corredores de ônibus

Prédios lançados nessas áreas, porém, terão restrições de vagas de estacionamento para os moradores

ANDRÉ MONTEIRO DE SÃO PAULO

Duas das principais inovações do Plano Diretor em debate na Câmara devem promover mudanças no trânsito caso saiam do papel nos próximos dez anos --tempo de vigência de suas normas.

Uma delas é o estímulo a novas construções nos eixos que têm ou terão equipamentos de transporte público, como os corredores de ônibus. A outra é a limitação do número de vagas de garagem nos novos empreendimentos.

As medidas, na prática, visam limitar o transporte individual, que já representa 44% das viagens dos paulistanos.

Os recordes de congestionamento no rush --no último dia 14, a cidade atingiu a marca histórica de 309 km-- apontam que a situação está piorando para os motoristas.

E ela não deve ser aliviada pela gestão Fernando Haddad (PT), que aposta na prioridade ao transporte público com possibilidade de restrições aos automóveis.

No caso dos eixos viários, o Plano Diretor prevê que o coeficiente de aproveitamento dos terrenos --limite de construção sem ter que pagar extras-- seja dobrado.

Ou seja, se o corredor passar por uma região de coeficiente 2 (que permitiria construir tamanho equivalente a duas vezes a área do terreno), o entorno da via terá índice 4.

Para evitar o problema recorrente dos projetos que não saem do papel, o dispositivo só será acionado quando houver garantia de que a obra do corredor irá começar.

Dessa forma, essas áreas se tornarão as mais atrativas para o mercado imobiliário.

A meta de Haddad é entregar 150 km de corredores de ônibus até 2016, mas o plano também considera outros 300 km planejados até 2024.

O consumidor interessado em morar nos prédios lançados nessas áreas, porém, terá que se acostumar à vida sem uso frequente de carro.

Isso porque o plano permite apenas uma vaga de garagem por apartamento. Caso queira construir mais vagas, o empreendedor terá que pagar pelo excedente, o que poderá encarecer o imóvel.


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