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Bilhete mensal de ônibus, trens e metrô começa a valer hoje

Cartões foram gravados em uma sala "secreta", no subsolo de um prédio antigo que já foi sede de banco

Cerca de 60 mil já estão disponíveis nos postos de entrega; prefeitura encomendou 2,3 milhões de cartões

ANDRÉ MONTEIRO DE SÃO PAULO

No subsolo de um edifício antigo que já foi sede de banco, funcionários da prefeitura manuseiam cartões de plástico. Em outra sala, eles são testados em catracas que simulam ônibus e bloqueios do metrô. São os últimos testes do Bilhete Único Mensal.

Uma das principais promessas de campanha do prefeito Fernando Haddad (PT), o novo cartão começa a funcionar hoje. Por um preço fixo, vai permitir viagens ilimitadas de ônibus, metrô ou trens por um mês.

Na última quarta, a Folha acompanhou os procedimentos de preparação do cartão.

Produzido por um fornecedor terceirizado, o cartão chega só com o chip interno e uma estampa de um ponto turístico da cidade.

No local que já abrigou o cofre do banco, são gravados nos cartões "virgens" os códigos eletrônicos. Cada cartão recebe uma "chave" digital única, em procedimento que leva cerca de nove segundos.

Mas a principal diferença do novo cartão é sua memória, quatro vezes a do antigo. "Ele também é mais moderno e tem mais itens de segurança", diz Adauto Farias, diretor de gestão da SPTrans, empresa da prefeitura responsável pelo sistema.

Apesar de não envolver dinheiro, a gravação das informações digitais tem aspectos de segurança e confidencialidade, por isso foi escolhido o cofre para o procedimento.

São 16 máquinas, que fazem cerca de 15 mil gravações por dia. O trabalho começou há alguns meses, por isso foi formado estoque e o trabalho era tranquilo mesmo às vésperas da estreia do bilhete.

A operação é comandada por Álvaro Ribeiro, 55, funcionário da prefeitura há 29 anos. Ele diz que o ritmo é bem diferente do que presenciou em 2004, quando também foi responsável pela produção dos primeiros cartões eletrônicos da cidade. Em 18 de maio daquele ano, o Bilhete Único estreava para substituir os passes de papel.

"Foi uma loucura aquela época, a gente trabalhava 24 horas por dia, em três turnos."

Após a gravação, os cartões são testados e associados a um dos usuários que se cadastraram no site da SPTrans. Em seguida, voltam para o fornecedor para a impressão da foto e do nome do usuário.

INTERESSE

Cerca de 60 mil cartões já estão nos postos de entrega, mas apenas cerca de 4.000 usuários haviam retirado o bilhete até anteontem.

Para usufruir da nova tarifa, eles ainda precisam escolher um plano mensal e efetuar o pagamento no site ou nos postos da SPTrans.

Para uso só em ônibus ou só no Metrô e CPTM, a tarifa mensal será de R$ 140. Para uso integrado nos três sistemas, o valor sobe para R$ 230.

A prefeitura encomendou 2,3 milhões de cartões, ao custo de R$ 1,76 cada, mais R$ 0,57 por personalização.


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