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SP tem 69 cursos com vestibular proibido

Eles não poderão ofertar novas vagas porque tiveram desempenho insatisfatório seguidamente, em 2009 e 2012

No país são 270 os cursos vetados --e que terão de apresentar plano de melhorias para reverter decisão

FLÁVIA FOREQUE DE BRASÍLIA

O Estado de São Paulo concentra 69 cursos do ensino superior impedidos pelo Ministério da Educação de ofertar vagas já neste fim de ano. No país, são 270.

Com isso, ficam proibidos de fazer novo vestibular.

A maior parte deles está na capital paulista e não poderá reverter a medida até 2015.

Esse grupo foi avaliado pela pasta em 2009 e 2012 e apresentou desempenho insatisfatório seguidamente.

Nos dois anos, receberam nota 1 ou 2 no CPC (Conceito Preliminar de Curso), indicador de qualidade do ensino superior que varia entre 1 a 5.

Dos 270 cursos vetados no país, 152 podem tentar reverter a decisão no ano que vem --porque melhoraram de nota, passando de 1 para 2.

Os demais só terão essa possibilidade em 2015 --porque tiveram nota igual ou pior do que três anos antes.

Nos dois casos, as instituições e cursos afetados deverão apresentar planos de melhorias e protocolos de compromisso para reverter a decisão no ministério.

A lista de instituições que tiveram algum curso barrado vai desde grandes grupos educacionais (como Anhanguera) até tradicionais (como FMU) ou mais recentes (como Zumbi dos Palmares) --veja a relação nesta página.

ADMINISTRAÇÃO

Os cursos de administração (27) e do eixo tecnológico (20) foram os mais afetados no Estado. Rio de Janeiro (29) e Paraná (26) aparecem logo atrás de São Paulo.

Ao todo, a decisão do MEC congela 44.069 vagas no país --quase metade delas em administração. A punição atinge 3,3% do universo de cursos analisados pela pasta.

Esta é a segunda vez que o ministério adota essa medida. O foco no ano passado foram graduações de exatas, licenciatura e tecnologia.

Neste ano, também foram punidas instituições que tiveram notas ruins de cursos de humanas, sociais aplicadas e afins em outro índice.

Ao todo, 60 instituições, de um total de 2.008 avaliadas, obtiveram nota ruim no IGC (Índice Geral de Cursos) seguidamente. Esse indicador considera o desempenho das graduações e o de mestrados e doutorados ofertados.

Essas faculdades ficam impedidas de pedir autorização para novos cursos e não podem expandir seus alunos.

Desse universo, 23 estão no Nordeste e outras 19 no Sudeste. São Paulo, mais uma vez, é o Estado com maior número de instituições punidas (11), seguido da Bahia (9).

DIAGNÓSTICO

O ministro Aloizio Mercadante (Educação) afirmou que o rigor visa impedir que o estudante ingresse num curso que não oferece condições mínimas de qualidade. O setor privado, que reúne a grande maioria dos cursos punidos, critica a decisão.

O argumento principal é o peso, considerado excessivo, da participação do aluno no diagnóstico. O desempenho dos formandos no Enade representa 55% da nota do CPC.

Esse índice se soma a outros 15%, de questionário preenchido pelo estudante sobre infraestrutura e organização didático-pedagógica da graduação.

"Se o Congresso aprovasse o Insaes, teríamos melhores condições [de fiscalizar as instituições]", argumentou ontem ministro da Educação.

Ele fazia referência a projeto de lei, encaminhado ao Legislativo pelo próprio governo federal, que cria um instituto específico para poder supervisionar e avaliar o ensino superior.


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