Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Após novo protesto, sem-teto ameaçam fazer onda de invasões

Movimento reclama de 'falta de diálogo' com a gestão Haddad

FABRÍCIO LOBEL DE SÃO PAULO

Cerca de 3.000 integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) bloquearam ontem ruas do centro de São Paulo, segundo estimativa da Polícia Militar.

Os manifestantes se encontraram pela manhã no vão-livre do Masp e seguiram até o viaduto do Chá, na frente da prefeitura, onde esperavam ser atendidos pelo prefeito Fernando Haddad (PT).

O protesto pedia a destinação de terrenos municipais para habitação popular.

Depois de frustrada a tentativa de negociação na prefeitura, os manifestantes seguiram até a sede da CDHU, companhia de habitação do Estado, onde foram recebidos pelo presidente do órgão.

A companhia se comprometeu a destinar recursos para as reivindicações.

Em nota, a prefeitura declarou que negocia com os movimentos de moradia, mas que não tinha nenhuma reunião agendada para ontem com líderes do MTST.

Participaram do protesto membros de 12 ocupações ligadas à organização, incluindo a da Vila Nova Palestina, zona sul, que, segundo o grupo, abriga 4.000 pessoas.

Durante o ato, Guilherme Boulos, coordenador do MTST, disse que a falta de diálogo com a prefeitura provocará o aumento de ocupações até a virada do ano.

"Nós vamos encher essa cidade de lona preta", disse Boulos de cima do trio elétrico, depois de ser informado que Haddad não receberia os líderes do movimento.

Boulos afirmou à Folha que "se a gestão Haddad quer um inimigo, ela conseguiu". O atrito causa desconforto dentro do próprio PT, que historicamente é ligado a movimentos de moradia.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página