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Táxi piora corredor de ônibus, diz prefeitura

Estudo sugere barrar taxistas; Haddad afirma que não há posição firmada

Levantamento foi feito a pedido do Ministério Público; sindicato dos taxistas é contra e fala em impacto no trânsito

RAFAEL ITALIANI TATIANA CAVALCANTI DO "AGORA"

A prefeitura estuda proibir que táxis e carros usem os corredores de ônibus porque, segundo levantamento da Secretaria dos Transportes, a presença desses veículos reduz a velocidade média dos coletivos. O estudo foi pedido pelo Ministério Público.

Segundo a prefeitura, a velocidade média dos ônibus com os táxis nos corredores é de 6 km/h, ante 13,5 km/h no primeiro semestre.

No estudo entregue ontem à Promotoria, a prefeitura diz que os usuários de táxi "representam menos do que 1% do total de passageiros que circulam" nos corredores de ônibus municipais.

A prefeitura sugere que as portarias municipais que permitem a circulação de táxis e veículos comuns nos corredores sejam revogadas. Hoje, os táxis são proibidos apenas nas faixas exclusivas.

Apesar do estudo, o prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou ontem que a administração municipal não tem "uma posição firmada".

Natalício Bezerra, presidente do Sindtaxi-SP (sindicato dos taxistas autônomos), critica e afirma que o "táxi é transporte público".

Segundo ele, a capital tem 34 mil taxistas. "Se proibirem todos esses táxis nos corredores, vão comprometer ainda mais o trânsito", afirmou.

"O táxi não responde pela lentidão no corredor. Ele não é o vilão. Esse estudo não levou em conta os problemas estruturais do sistema de transporte público", afirma Sergio Ejzenberg, engenheiro e mestre em transportes pela USP.

Para ele, a velocidade baixa nos corredores de ônibus está diretamente relacionada com a falta de faixas de ultrapassagem e pontos pequenos. "Os ônibus formam filas enormes e o próprio táxi sai da faixa", disse.


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