Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Por vista, veranistas da Baleia pagam para enterrar fiação

Folha verão Obra em avenida de São Sebastião, no litoral paulista, está sendo bancada por donos de casas

Custo estimado, segundo moradores, é de R$ 2 milhões; serão substituídos 350 metros de fiação

NATÁLIA CANCIAN ENVIADA ESPECIAL AO LITORAL NORTE

Donos de casas e de condomínios de um bairro nobre de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, decidiram bancar integralmente os custos de uma obra para arrancar 20 postes e enterrar fios de energia e de telefone.

O objetivo dos veranistas é, de suas janelas e varandas, ter uma visão completa da praia, sem nada no caminho.

"Hoje você olha das casas para o mar e é uma poluição visual enorme", afirma o engenheiro eletricista Cesar Felde, autor do projeto, na praia da Baleia. Segundo ele, a ideia de esconder os fios já ocorre dentro de novos condomínios de alto padrão.

É a primeira vez que um projeto do tipo, bancado pelos moradores, sai da área interna das propriedades e ocorre em plena avenida de uma praia em São Sebastião.

A obra deve liberar a vista de 14 casas, a maioria em construção, além de dois condomínios prontos.

Todas ficam em frente à avenida principal do bairro e, em seguida, a uma área verde que dá acesso à praia --é uma das poucas regiões que não tem loteamentos na quadra em frente ao mar.

Para fazer a obra, a fiação será substituída ao longo de 350 metros. A mudança deve exigir a instalação de três novas redes-tronco (pagas pelos moradores, para levar energia a outros bairros).

Após a implantação, a atual rede aérea será desativada --a troca, porém, deve ocorrer só depois de janeiro. Os moradores esperam que os postes saiam de cena antes do Carnaval.

Segundo a concessionária EDP Bandeirante, essa é a primeira vez que esse tipo de obra ocorre no litoral norte por iniciativa dos veranistas.

"A única desvantagem é o custo", afirma Felde, que não quis informar o valor da obra --segundo moradores, porém, o custo estimado é de cerca de R$ 2 milhões.

Alguns turistas, no entanto, veem o projeto com desconfiança e temem que a praia vire um condomínio fechado. Segundo a arquiteta Yuli Felde, que coordena a primeira etapa da obra, não há esse risco.

"A vista das casas vai melhorar, mas todo mundo vai usufruir dessa obra", afirma.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página