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Sem água, moradores tentam limpar suas casas

ITALO NOGUEIRA DO RIO

Um dia depois de perderem móveis e eletrodomésticos por causa da enchente, moradores de Austin, em Nova Iguaçu, enfrentaram ontem outro problema: a falta de água para limpar suas casas.

A aposentada Maria Lucia Magalhães, 58, usou a água da chuva acumulada numa banheira para limpar a sala de casa, cômodo em que ela e três pessoas de sua família passaram a noite.

"Com a falta d'água, foi só o que deu para limpar."

Habituados com alagamentos, os moradores se surpreenderam com a velocidade da cheia na madrugada da quarta-feira.

A recepcionista Gisele Ramos da Silva, 30, acabara de fazer uma obra para elevar sua casa em 90 centímetros, mas a intervenção não impediu que a água atingisse 1,20 metro na sala de casa.

"Do jeito que aconteceu ontem eu nunca tinha visto. Antes a água ficava na [altura da] coxa, e a gente conseguia ajudar as pessoas, levantava os móveis. Mas dessa vez ficou na altura do peito em 15 minutos. Não deu tempo de fazer nada."

A aposentada Maria de Fátima Silva, 52, abriu um buraco na parede de casa para ajudar a escoar a água. A geladeira foi elevada por uma cadeira de plástico, assim como armários. Mas nada adiantou.

"Perdi a geladeira. Ela caiu com a porta aberta e acho que não vai funcionar mais. A gente vê essa sujeira toda dá até uma depressão", disse ela.

Um dos três mortos na inundação, o pedreiro Martinho Mesquita da Silva, 50, tentava atravessar uma pequena ponte quando caiu num córrego afluente do rio Botas, também em Nova Iguaçu. Seu corpo dele foi encontrado a três quilômetros do local.


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