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Roda presa

Carro é cimentado em calçada de Belo Horizonte após disputa entre revendedor e responsáveis por obra em imóvel vizinho

PAULO PEIXOTO DE BELO HORIZONTE

Uma disputa de vizinhos pelo uso de um espaço público acabou com um veículo cimentado sobre a calçada em Belo Horizonte.

O caso inusitado vem chamando a atenção de curiosos que passam por ali desde sábado e se espantam com o carro, uma picape Saveiro branca, com as rodas "encaixadas" no piso.

O local da disputa é uma rua inacabada, na zona oeste da capital mineira --a via é tão íngreme que não permite a passagem de veículos.

De um lado, está um revendedor de carros usados, proprietário do veículo cimentado. De outro, um edifício comercial em construção.

A briga começou quando os responsáveis pela obra pediram para o advogado Márcio Parreiras Drumond retirar um carro estacionado na área, segundo eles, destinada a uma calçada, de acordo com o projeto aprovado pela prefeitura.

A advogada que trabalha para a obra, Tatiana Mafaldo, diz que há cerca de 20 dias os operários repetiam o pedido a Drumond, sem sucesso.

"Tentamos falar, pedimos, mas ele disse para ninguém colocar a mão no carro, disse que tem autorização da prefeitura", afirmou o mestre de obras Adilson Antônio de Souza, 38. "Falamos então com o dono da obra, que mandou cimentar o passeio", completou.

A advogada disse que apelou para a prefeitura, mas também não adiantou.

Foi pedido que a administração investigasse o comércio irregular de carros na área, mas a fiscalização esteve no local e não viu nenhuma irregularidade, afirmou.

Segundo ela, a calçada não tinha como ser concluída se o carro não fosse retirado.

Por isso, diz que pretende entrar com uma ação na Justiça nos próximos dias para que o carro seja removido do local e a obra não atrase.

AVANÇO

Em nota, Márcio Drumond deu outra versão para os fatos. Ele disse que os carros que revende no local "há mais de 20 anos" ficam "regularmente" estacionados na rua inacabada e acusou a obra de ter avançado cerca de dois metros na via.

Afirmou ainda que a situação chegou a ser denunciada pela associação comunitária do bairro.

Por causa desse suposto avanço, Drumond considera que seu carro estava estacionado na rua e diz que vai cobrar na Justiça as perdas e danos com a concretagem.

Já a advogada afirma que os responsáveis pela obra doaram um projeto arquitetônico para a prefeitura, com o objetivo de transformar a rua inacabada em uma passagem para pedestres, com escada e jardim.

Procurada, a administração regional oeste da prefeitura disse que iria pesquisar sobre a denúncia de comércio irregular, mas não respondeu à reportagem até a conclusão desta edição.


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