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USP impede formatura de 50 alunos de direito

Universidade vai apurar suspeita de formação de carga horária irregular

Estudantes teriam usado créditos de aulas cursadas em outras unidades, antes do ingresso em direito

FÁBIO TAKAHASHI DE SÃO PAULO

A Faculdade de Direito da USP decidiu impedir, ao menos temporariamente, a formatura neste ano de cerca de 50 estudantes da graduação.

A suspeita é que houve irregularidades na composição das cargas horárias deles. Anualmente, cerca de 430 alunos se formam na escola.

O problema detectado pela escola foi que, para compor a carga horária mínima para formatura ("créditos"), alunos usaram aulas cursadas em outras unidades da USP, antes do ingresso em direito.

A faculdade permite que cerca de 5% do curso seja feito em outras unidades (os "créditos livres"), desde que ao mesmo tempo que a graduação em direito.

Não é permitido, por exemplo, um estudante que se formou em história em 2003 usar essas disciplinas para compor agora o curso de direito.

Um aluno atingido pela medida afirmou, sob a condição de anonimato, que de fato usou créditos cursados antes do ingresso em direito.

Ele diz, porém, que o procedimento foi aceito pela seção de alunos da escola e que os estudantes não tinham conhecimento da restrição.

Segundo ele, toda a relação administrativa dos estudantes com a faculdade era feita por essa seção.

O problema foi detectado pela comissão de graduação da própria unidade.

SINDICÂNCIA

Ao ser informado da situação, o diretor da faculdade, Antonio Magalhães Filho, determinou "abertura de sindicância para para apuração de irregularidades no cadastramento de créditos em disciplinas livres", segundo comunicado enviado a estudantes, professores e funcionários.

Determinou também a suspensão temporária desses créditos. Assim, até que a análise do caso seja concluída por uma comissão, os estudantes não poderão se formar.

A Folha não conseguiu contatar o diretor ontem.

Também ontem estava prevista para ocorrer a festa da colação de grau da turma.

Segundo a reportagem apurou, além dos cerca de 50 estudantes impedidos de se formar, mais 100 estudantes de outras séries também tiveram os créditos suspensos, pela mesma razão.


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