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Ricardo Welington Nunes de Souza (1950-2013)

'Harunes', roqueiro e espiritualista

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Ricardo Nunes de Souza, ou Harunes Abdula Mustafa El Cassinao, era do tipo que não passava despercebido. Se não fosse a beleza ou o vozeirão, o que chamava a atenção era seu jeito divertido --a começar pelo apelido acima, que ninguém sabe de onde surgiu ou o que significava.

Adorava jogar tranca e pôquer, desde que terminasse como campeão. Quando perdia, dizia ter sido roubado, e não foram poucas as vezes em que até virou a mesa, superbravo, contam os amigos.

Para fugir do estresse do trabalho na Bolsa de Valores, corria religiosamente todos os dias. Aos fins de semana, gostava de descansar em Monte Verde, distrito mineiro na serra da Mantiqueira onde construiu uma casa.

Espiritualista, tinha um lado místico e até tirava tarô. Mas também era roqueiro. Quando jovem, formou uma banda com os irmãos. Ouvia de Rita Lee a Pink Floyd.

Corintiano fanático, fez todos da família virarem fãs de futebol e, claro, do Timão. Estava triste com a saída de Tite do comando da equipe.

Há cerca de quatro anos, depois de se aposentar, trocou São Paulo por Belém, terra natal de sua mulher, Leny.

Morreu na segunda (9), aos 63, vítima de um linfoma. Além da companheira, deixa três filhos de uniões anteriores: Fábio, Paula e Jéssica.

Em janeiro, mês do aniversário de Ricardo, suas cinzas serão jogadas em Monte Verde, ao som de "Wish You Were Here", do Pink Floyd, como pediu a seus filhos.

Amanhã, às 20h, será realizada a missa do sétimo dia, na paróquia São Judas Tadeu, na zona sul de São Paulo.


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