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Câmara deve reeleger presidente petista

Provável escolha do vereador José Américo continuará dando ao prefeito Haddad ampla maioria no Legislativo

Acordo para a votação que ocorre hoje coloca o PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab na vice-presidência

GIBA BERGAMIM JR. DE SÃO PAULO

A Câmara de São Paulo deve reeleger hoje o presidente da Casa, José Américo (PT), e manter a maioria necessária para aprovação dos projetos do prefeito Fernando Haddad (PT) no ano que vem.

Para se garantir na cadeira, Américo contou com o apoio do PSD de Gilberto Kassab --a vereadora Edir Salles, líder do PSD, pode conseguir a vice-presidência da mesa.

Desde o início do mês, o vereador Milton Leite (DEM) vinha negociando com colegas apoio para sua candidatura.

Sem a ajuda do PSD, que tem a terceira maior bancada da Câmara --são 8 vereadores contra 11 do PT e 9 do PSDB--, Leite desistiu da candidatura anteontem.

Se não houver mudança de rumo até as 10h, pouca coisa deve ser alterada nos demais postos da mesa diretora: o primeiro-secretário deve ser o opositor a Haddad, Claudinho de Souza (PSDB), que será mantido no cargo.

Na negociação com a oposição, Américo aceitou tirar o PMDB, outro aliado de Haddad, da Corregedoria da Casa. O posto que estava com Rubens Calvo será ocupado também por um tucano.

Américo, que foi responsável pela coordenação de comunicação da campanha de Haddad, assumiu a presidência em 1º de janeiro com a missão de garantir maioria para aprovar projetos prioritários do Executivo.

O mais importante foi a votação do fim da taxa da inspeção veicular.

O PT conseguiu também garantir a maioria dos votos para a aprovação do polêmico reajuste do IPTU em até 20% para imóveis residenciais e 35% para os demais em 2014 --a Justiça barrou o aumento na terça-feira.

A Câmara não conseguiu, porém, votar o Plano Diretor.

Em entrevista à Folha dois dias antes de ser eleito, Américo disse que a revisão do plano era prioridade. Em seguida viria a votação da Lei de Uso e Ocupação do Solo. Ambos estariam na na lista de urgências, além da inspeção veicular.

A base aliada não conseguiu votar tais prioridades --também porque não houve tempo hábil para a realização de todas as audiências públicas previstas de revisão do Plano Diretor.

Com R$ 17 milhões de verbas de publicidade no orçamento de 2013, Américo investiu em campanhas publicitárias em jornais e emissoras de TV para anunciar datas e horários das audiências públicas do Plano Diretor.

Em 2014, o novo presidente deverá administrar um orçamento de aproximadamente R$ 600 milhões.

Para garantir a aprovação dos projetos do Executivo, o líder do governo na Casa, Arselino Tatto (PT), teve que negociar com o PSD, que no início da gestão ameaçou não compor a base aliada.

Porém, sob a batuta de Kassab, o PSD garantiu a aprovação de vários projetos do Executivo --entre eles a criação de cargos na administração e a própria inspeção.

A exceção foi a votação do IPTU. Temendo reação negativa de seus eleitores, a bancada votou contra.

Kassab, aliado do governo Dilma, estuda lançar candidatura ao governo estadual.


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