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Aluna morre ao cair em fosso de prédio em campus da USP

Bruna Lino, 19, tinha ido a espaço abandonado com amigos depois de sair de festa de madrugada

Responsável pelo edifício na zona oeste, Instituto Butantã diz que a área é cercada por muros e grades

ALEXANDRE ORRICO DE SÃO PAULO

A universitária Bruna Barboza Lino, 19, morreu na madrugada de ontem após cair em um buraco dentro de um prédio na região do campus da USP, no Butantã (zona oeste da cidade de São Paulo).

Aluna do primeiro ano de letras, ela estava com amigos e havia saído de uma festa na própria Cidade Universitária.

Eles acionaram a guarda às 4h40 e informaram que ela havia caído no que seria um fosso de elevador de um prédio abandonado ao lado do Paço das Artes, próximo da entrada principal da USP.

O acesso ao edifício é possível pelo próprio campus, mas ele pertence ao Instituto Butantã --que informou, por meio de nota, que ele é "cercado por muros e grades".

Apesar de fechado com portões e cadeados, ele é sempre utilizado pelos estudantes como local de encontros e de festas --eles entram por um buraco feito na grade.

Ontem, quando a polícia chegou, a estudante já estava morta. Os colegas que estavam com Bruna afirmaram à polícia que tinham saído de uma festa no campus da USP quando decidiram ir ao prédio para "passar o tempo".

Bruna teria então se distanciado para procurar um banheiro. Os amigos disseram ter ouvido um grito e, em seguida, encontraram a estudante caída no fosso.

Em nota, a USP disse que "lamenta profundamente o falecimento da estudante".

Ana Lúcia Teixeira, 21 anos, prima de Bruna, foi a primeira pessoa a ser avisada sobre a morte da aluna.

Para ela, o prédio abandonado precisaria ter vigias, principalmente à noite.

"Deveria ter alguém tomando conta para evitar uma tragédia como essa envolvendo minha prima. É muito triste o que aconteceu", lamentou.

Segundo a polícia, ela caiu do terceiro e último andar do prédio, que tem ao menos dois fossos de elevador vazios por andar, sem proteção.

No fundo do fosso, latas de spray --o prédio é grafitado com desenhos e frases--, garrafas de cerveja, diversos tipos de entulho e lixo boiam em água acumulada.

O local, que começou a ser construído pela Secretaria de Estado da Cultura na década de 1970 para abrigar o Centro Estadual de Cultura e Civismo, já era apontado pelo Jornal do Campus, em 2008, como como provável foco de dengue na época das chuvas.

Não há iluminação ou qualquer outro tipo de estrutura além do esqueleto de concreto armado. Salas vazias, sinalizadas com tinta, são usadas como banheiros improvisados durante as festas.


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