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'Situação é constrangedora', diz secretário

ARETHA YARAK DE SÃO PAULO

"É uma situação constrangedora. A cracolândia é uma sociedade autônoma e multifuncional."

A frase de José de Filippi Júnior, secretário municipal de Saúde, resume o mal-estar que a "favelinha" nascida no coração da cracolândia causa à administração municipal.

Desde julho, depois que o governo do Estado demoliu prédios do entorno que eram usados como moradia, os usuários de crack voltaram a erguer barracos pelas ruas da região.

Hoje, estima-se que cerca de 500 pessoas vivam em barracos e outras 300 circulem diariamente pelo local. Os números são similares àqueles de antes da operação policial do Estado em 2012.

"A primeira reação é entrar e recolher tudo. Mas eu estaria apenas criando um problema para a cidade e não resolveria o tráfico", diz Roberto Porto, secretário de Segurança.

Segundo ele, há um cuidado de não espalhar novamente o crack pela cidade. "Nossa ação é melhor se é centralizada num ponto. Mas o lado negativo é a cidade conviver com aquela situação."

A política adotada pela prefeitura segue o programa "Crack, é possível vencer", do governo federal.

Em vez de uma ação mais inibitória, essa política preza pela redução de danos --e teria, portanto, resultados mais lentos e "transparentes".

A ideia é que, uma vez que os usuários se sintam à vontade com a presença da prefeitura, eles acabem procurando tratamento.

"O poder público tem que estar pronto para receber essa pessoa quando ela pedir ajuda", diz Luciana Temer, secretária de Desenvolvimento Social.

Segundo ela, o trabalho de reconquista do usuário já pode ser visto no De Braços Abertos. O centro funciona como um espaço de ação em saúde e atendimento social.

"Antes, eles se afastavam do poder público porque tinham medo da internação compulsória. Conseguimos reconquistar a confiança. Hoje, temos 400 usuários fiéis ao centro", diz Luciana.


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