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Reitor da USP quebra tradição e pede votos

Rodas declarou apoio a Wanderley Messias

FÁBIO TAKAHASHI SABINE RIGHETTI DE SÃO PAULO

O reitor da USP, João Grandino Rodas, decidiu declarar apoio formal a um dos candidatos à sua sucessão. O dirigente máximo da universidade não demonstrava tal posicionamento ao menos desde a década de 1980.

Rodas enviou e-mail a alunos, professores e funcionários apoiando a candidatura para reitor de seu ex-superintendente de relações institucionais, Wanderley Messias --a chapa conta com a ex-reitora Suely Vilela como vice.

A eleição ocorre amanhã. Votarão cerca de 2.000 representantes de professores, estudantes e funcionários de comissões da instituição. A universidade tem cerca de 100 mil membros.

Tradicionalmente, o reitor apoia um candidato, mas apenas nos bastidores.

A Folha conversou com ex-dirigentes e servidores que acompanham o processo desde a década de 1980. Eles afirmaram que ao menos desde esse período não havia apoio formal do reitor.

No texto, Grandino afirma estar convicto de que "Wanderley e Suely são os melhores e conduzirão a universidade a novos patamares de excelência e visibilidade".

CRÍTICAS

Os outros candidatos criticaram a decisão de Rodas.

"Lamentamos o desrespeito às tradições da USP, que espera uma atitude de magistrado daquele que tem a responsabilidade de comandar o processo eleitoral", afirmou Marco Antônio Zago, ex-pró-reitor de pesquisa.

Para Helio da Cruz (ex-vice-reitor), a decisão é contraditória. "O reitor decidiu pela desincompatibilização dos cargos dos candidatos para não haver conflito de interesse e agora apoia um deles?"

José Roberto Cardoso (ex-diretor da Poli) também criticou o reitor e manifestou apoio a outro candidato, o Zago --cada eleitor pode votar em até três nomes. "Meu objetivo é tirar a gestão atual."

Já Messias disse que o apoio formal do reitor é positivo. "Antes as pessoas poderiam não entender por que eu defendo a gestão." Rodas não se manifestou sobre o tema.


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