Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Grupo é investigado por fraude no Enem em Minas

PF apura se quadrilha cobrava até R$ 100 mil para passar respostas de exame federal

Investigação iniciada na Polícia Civil aponta envolvimento de fiscal; governo diz não haver sinal de irregularidade

PAULO PEIXOTO DE BELO HORIZONTE FÁBIO TAKAHASHI DE SÃO PAULO

A Polícia Federal vai investigar um grupo suspeito de fraudar o Enem deste ano na cidade de Barbacena, região central de Minas Gerais.

A suspeita é que um fiscal de prova tenha recebido R$ 10 mil para fornecer cópias do exame para o grupo, no início da aplicação.

A quadrilha, então, resolvia as questões e passava as respostas a candidatos por meio de mensagens de celular ou por pontos eletrônicos.

A investigação surgiu a partir de outra apuração --ambas iniciadas pela Polícia Civil de Minas Gerais. Na primeira, 36 pessoas já foram indiciadas sob suspeita de fraudar vestibulares de medicina.

Durante essa investigação, a polícia levantou indícios de que o grupo também pode ter fraudado o Enem. A polícia mineira afirma haver áudios e trocas de mensagens em que os suspeitos comemoram o índice de acerto no exame.

Como o Enem é organizada pelo governo federal, a apuração foi agora remetida à Polícia Federal.

Não foram divulgados nem o nome do fiscal nem quantos candidatos podem ter se beneficiado do esquema. A polícia mineira informou apenas que esses alunos podem ter pago entre R$ 70 mil e R$ 100 mil pelas informações.

Esta é a primeira denúncia de fraude contra a edição 2013 do Enem, que teve mais de 7 milhões de inscritos.

O exame já sofreu com vazamento de prova (2009) e antecipação de perguntas a alunos do Ceará (2011).

Ontem, a Polícia Federal confirmou que recebeu as informações da polícia mineira e abriu investigação. Há divergências, porém, em relação à avaliação inicial do órgão federal sobre o caso.

A polícia de Minas divulgou que "o delegado federal Paulo Henrique (...) afirmou: numa analise preliminar, tudo indica que foi uma fraude pontual em Barbacena'."

Já o Inep (órgão federal responsável pelo Enem) afirmou que "até o momento, de acordo com a Policia Federal, não existe qualquer elemento que indique, mesmo de forma pontual, que qualquer candidato tenha sido beneficiado".

A Polícia Federal em Minas Gerais disse que as duas declarações "estão corretas" e não comentou a contradição entre os posicionamentos.

SEGURANÇA

Em nota, o Inep afirmou ainda que "a segurança do Enem é realizada, antes, durante e após a aplicação das provas, com o acompanhamento da Polícia Federal, o que tem permitido, ao longo dos anos, o aprimoramento do processo".

Disse também que, se comprovada a fraude, o edital prevê a eliminação dos candidatos beneficiados.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página