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Ex-pró-reitor, médico lidera votação para reitor da USP

Governador escolherá o próximo dirigente entre os três mais votados

Marco Antonio Zago teve 25% de votos a mais que a soma do segundo e do terceiro colocados na eleição

FÁBIO TAKAHASHI SABINE RIGHETTI DE SÃO PAULO

O médico e ex-pró-reitor de pesquisa Marco Antonio Zago foi o nome mais votado nas eleições para reitoria da USP, realizadas ontem.

A lista tríplice, que será enviada para o governador Geraldo Alckmin (PSDB) dar a decisão final, também traz Hélio Nogueira da Cruz (ex-vice-reitor) e Wanderley Messias (ex-superintendente de relações institucionais), respectivamente em segundo e em terceiro lugar.

Messias é o candidato apoiado pelo atual reitor, João Grandino Rodas. José Roberto Cardoso, ex-diretor da Escola Politécnica, que também era candidato, ficou fora da lista.

A votação é importante porque o mais bem votado é tradicionalmente o nome escolhido pelo governador.

Zago teve 25% de votos a mais que a soma do segundo e terceiro colocados. Unidades tradicionais como a Medicina votaram em peso nele.

A Folha apurou que o governador Alckmin, a princípio, não tem restrição a nenhum dos candidatos. Um auxiliar próximo ao governador afirmou, antes do resultado, que seria difícil o primeiro colocado não ser o escolhido, caso tivesse muitos votos à frente.

Zago afirmou que "o importante" é que na eleição de ontem, com 1.831 votantes, ele conseguiu repetir a vitória obtida na consulta à universidade no último dia 10, quando 13.826 votaram, mas sem poder decisório.

"Isso demonstra uma vontade de apaziguamento na USP. Dois universos diferentes demonstraram o mesmo resultado", disse à Folha.

Reservadamente, apoiadores de concorrentes de Zago consideram que será difícil o governador não escolher o primeiro colocado, considerando a votação expressiva.

"Nós fizemos a nossa parte, agora a bola está com o governador", afirmou Cruz.

Já Messias se vê tecnicamente empatado com o segundo colocado --498 a 462 votos, respectivamente. Zago obteve 1.206. Cada eleitor pode votar em até três nomes.

Desde a década de 1980, apenas na última disputa, em 2009, o primeiro colocado na eleição interna não foi o escolhido pelo governador. Na ocasião, José Serra (PSDB) preferiu o segundo, Rodas.

ELEIÇÕES

Segundo dados da assessoria de imprensa da USP, 85% das pessoas aptas a votar compareceram à eleição. Elas eram representantes de professores, alunos e funcionários em comissões. Mais de 80% eram docentes.

O processo ocorreu com tranquilidade ontem. Ao final do dia, após o término da votação, alunos do campus leste protestaram na Cidade Universitária. Eles pedem melhores condições na unidade, interditada até o dia 6 de janeiro por causa de contaminação da água e infestação de piolhos de pombos.

O processo eleitoral da USP foi alterado neste ano e passou a ter apenas um turno.

Antes, a segunda votação --a decisiva-- contava com apenas 300 votantes.

O movimento estudantil reivindica que os 100 mil membros da USP votem.


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