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Justiça suspende ação para fechar clubes VIPs em Jurerê
NATÁLIA CANCIAN ENVIADA ESPECIAL A FLORIANÓPOLISOs badalados "beach clubs" de Jurerê Internacional, em Florianópolis, conseguiram salvar o Réveillon ao reverter, na noite de ontem, uma decisão da Justiça que os forçava a fechar a porta.
Mas a polêmica entre bares, órgãos ambientais e turistas endinheirados segue até que o mérito da ação seja julgado. Haverá audiência em março.
A ação partiu da Associação dos Moradores de Jurerê Internacional, para a qual os clubes --mistos de bar, balada e restaurante VIP-- impedem o acesso a parte da praia e ocupam área de preservação, o que é fere a lei.
Na lista estão Taikô e Cafe de La Musique (conhecidos por festas com DJs internacionais), Donna, Simple on the Beach e Kioske do Pirata.
Para a associação, os clubes também prejudicam o sossego dos moradores. "Até 2005 tinha um barzinho. Aí virou clube. Agora é tunti-tunti' o dia inteiro", diz o presidente João Bergamasco.
Segundo ele, a disputa começou em 2008, mas ganhou força neste ano, quando a Procuradoria pediu a demolição.
Os clubes dizem que têm todas as autorizações e cumprem acordo com a prefeitura, que limita o som até as 22h.
Afirmam que a interdição teria efeitos negativos não só para os turistas. "Tiraram os clubes da [praia] Brava, que agora está abandonada, não tem banheiro, não tem segurança, nada", diz Mário Duarte, do Kioske do Pirata.