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Apuração do caso Joaquim tem falhas, diz defesa
Para advogado, não há provas contra padrasto
Defensor de Guilherme Raymo Longo, 28, padrasto de Joaquim, 3, Antônio Carlos de Oliveira disse ontem que não há provas contra seu cliente e apontou falhas na investigação da polícia de Ribeirão, que, anteontem, indiciou o rapaz sob suspeita de causar a morte do menino.
A falta de perícia nos sapatos do padrasto e a ausência de contraprova em um exame com o cão farejador são dois dos pontos citados.
Joaquim foi encontrado no rio Pardo, próximo a Barretos, cinco dias após seu suposto desaparecimento ser informado à polícia, em 5 de novembro. A perícia apontou que ele não morreu afogado, mas não indicou a causa.
"A perícia não conseguiu determinar a data exata ou aproximada da morte, não informou a causa, o meio utilizado, não tem sequer indícios de quem praticou isso."
Segundo ele, a perícia informou que a morte tinha ocorrido "há mais de 30 horas", o que poderia situar o fato em qualquer um dos quatro dias após o sumiço ter sido comunicado.
Para Oliveira, a perícia com o cão pode ter falhado. O animal indicou, após cheirar roupas de Joaquim e Longo, que ambos fizeram o percurso até o córrego próximo à casa.
Segundo Oliveira, Longo deu banho no menino na véspera e, na manhã seguinte, foi ao local procurá-lo, o que pode ter enganado o cão.
A mãe de Joaquim, Natália Ponte, 29, também foi ao córrego, disse ele, e o cachorro não acusou o trajeto.
Oliveira afirmou ainda que não foi pedida a perícia nas roupas de Longo, já que a polícia o acusa de ter ido ao córrego jogar o corpo do garoto.
PORTÃO TRANCADO
O delegado Paulo Henrique Martins de Castro afirmou que a perícia não informou a provável hora da morte. Disse que Natália não foi ao córrego e a perícia está certa.
Para ele, a culpa de Longo é provada na investigação por testemunhos e perícias.
"Não existe isso de menino desaparecer com portão trancado e gente em casa."
Natália, antes suspeita, foi isentada de participação na morte pela polícia.
