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MEC exclui 1.500 candidatos por cometer fraude no Enem

Todos foram pegos com ponto eletrônico, celular ou outro tipo de "cola"

Prova teve 5 milhões de participantes; em Minas Gerais, quadrilha é suspeita de corromper fiscal para obter a prova

DE BRASÍLIA DE SÃO PAULO

O Ministério da Educação informou ontem que 1.522 candidatos no último Enem foram eliminados por tentativa de fraude ao exame, aplicado em outubro passado.

Segundo o Inep (órgão do ministério responsável pelo exame), os estudantes, de diversas regiões do país, foram flagrados com ponto eletrônico, celular ou outro mecanismo proibido de consulta.

Cerca de 5 milhões de alunos participaram da prova.

É a primeira vez que o ministério divulga um balanço de candidatos eliminados por essa razão. Até então, o balanço se limitava a alunos que tiravam foto da prova e postavam em redes sociais.

Segundo uma fonte do ministério, houve eliminação por fraude em edições anteriores do Enem, mas os números não foram informados.

A pasta decidiu divulgar agora os dados de 2013 devido à informação da Polícia Civil de Minas Gerais, anunciada anteontem, de que um grupo suspeito de fraudar vestibulares de medicina também pode ter agido no Enem, em Barbacena.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse ontem que quatro dos 1.522 eliminados são dessa cidade.

SUSPEITOS

A pasta afirma, porém, não ser possível saber se os flagrados em Barbacena são os mesmos citados pela Polícia de Minas, pois ela ainda não informou a identidade dos suspeitos do esquema.

A Polícia Federal investiga a atuação do grupo. A suspeita é que tenha havido a participação de um fiscal de prova, que teria recebido R$ 10 mil para fornecer cópias do exame ao grupo, logo no início da aplicação do Enem.

A prova era resolvida pelos suspeitos, e as respostas, enviadas por celular ou ponto eletrônico a candidatos.

A polícia mineira informou que esses alunos podem ter pago entre R$ 70 mil e R$ 100 mil pelas informações.

O Inep destacou que está "solicitando extremo rigor na apuração" e citou medidas adicionais de segurança adotadas nesta edição, como o uso de lacres eletrônicos em todos os malotes de prova.

O dispositivo de segurança identifica o momento em que o pacote é fechado na gráfica e aberto no local do exame. Em 2012, apenas parte dos malotes foi contemplado com esse modelo de lacre. Ao todo, 23 mil pessoas atuaram na segurança da prova.


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