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Com 23 mortos e protesto, ES procura desaparecidos

Chuva dá trégua no Estado após uma semana, e cidades buscam vítimas

Moradores de áreas alagadas em Vila Velha interditaram estrada ontem para reclamar de ação de autoridades

REYNALDO TUROLLO JR. DE SÃO PAULO ROGÉRIO PAGNAN JOEL SILVA DOS ENVIADOS AO ESPÍRITO SANTO

Os temporais deram uma trégua ontem no Espírito Santo, permitindo às autoridades acessar áreas isoladas para começar a procura por vítimas desaparecidas após as fortes chuvas que atingem a região há uma semana.

O número de mortos pelas cheias chegou ontem a 23, além de 60 mil pessoas em casas de parentes ou abrigos.

A Defesa Civil estadual chegou a divulgar ter achado 27 corpos, mas depois se corrigiu e atribuiu a falha à dificuldade de comunicação.

"Tem muitos relatos de gente desaparecida ainda", disse Zilma de Barros, secretária de Assistência Social e Habitação de Baixo Guandu.

Na divisa com Minas Gerais, na região do rio Doce, a cidade já teve três mortes e ao menos dois desaparecidos.

Pessoas doentes que antes estavam isoladas na zona rural começaram a ser levadas de helicóptero a hospitais de Linhares, a 124 km dali.

Em Vila Velha, cidade mais populosa do Estado (415 mil habitantes), na região metropolitana de Vitória, moradores de áreas alagadas chegaram a interditar a estrada ES-060, conhecida como rodovia do Sol, num protesto, presenciado pela Folha, contra autoridades do município.

Às 17h, cerca de 200 manifestantes de áreas alagadas usaram pneus para bloquear a via. Reivindicavam a abertura de um canal de emergência para escoar a água represada --e criticavam uma viagem do prefeito ao exterior na última semana.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que pode reforçar os profissionais do Mais Médicos no Espírito Santo, que hoje são 114. Há temor de surtos e epidemias, como leptospirose e diarreia.

Na noite de anteontem, 170 homens do Exército no Rio de Janeiro chegaram ao Espírito Santo para ajudar nas buscas e na prestação de socorro.

O coordenador da Defesa Civil de Colatina, Valmir Rogério, disse que além de oito mortos há suspeita de que uma criança, que está desaparecida, tenha sido soterrada.

"O rio [Doce] baixou, mas resta muito entulho na cidade. O grande transtorno agora é a limpeza, além de continuar com as buscas", disse.

Segundo o Incaper (instituto de pesquisa capixaba), o sol deve ganhar força no Estado entre hoje e domingo.

Em Minas Gerais, que também sofre com as cheias, os bombeiros encontraram o corpo de uma mulher em Juiz de Fora, totalizando 18 mortes causadas pelas chuvas.

Hoje, a presidente Dilma Rousseff irá ao nordeste mineiro para sobrevoar áreas atingidas pelas chuvas.


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