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Depoimento

Viagem de carro tem 33 obstáculos em só 20 km

Sirenes são constantes em rodovia do Espírito Santo atingida por chuva

Em cidade atingida, só 5 dos 92 quartos de hotel estavam ocupados --cenário incomum para esta época do ano

ROGÉRIO PAGNAN JOEL SILVA ENVIADOS ESPECIAIS AO ESPÍRITO SANTO

A chuva fina não denunciava a visão que se aproximava. Foram 84,8 km percorridos em pouco mais de três horas, num trecho em que se deveria gastar cerca de uma hora e meia de carro.

Em 20 quilômetros do percurso pela rodovia ES-261, entre as cidades de Santa Tereza e Santa Maria de Jetibá, a Folha se deparou ontem com 33 pontos parcial ou totalmente interditados.

A realidade capixaba destoava do espírito natalino.

Carros com sirenes cruzavam incessantemente a estrada. Uns transportavam pessoas doentes ou feridas. Outros carregavam alimentos.

Às margens da rodovia, boa parte dos sítios e chácaras com estilo europeu ainda estava preservada.

A tragédia que assola várias cidades do Estado não parecia afetar a rotina de crianças que brincavam na rua, próximo da rodovia, na região de Fundão.

Em Santa Maria de Jetibá, dos 92 quartos do hotel Montanhez Marquardt, só cinco estavam ocupados --algo incomum nesta época do ano.

Valter Fardim, 41, mora há dez anos no município. "Foi o período de chuva mais forte que eu já vi nessa região."

Segundo ele, na chuva de dois anos atrás, muitas aves morreram numa granja. Neste ano, foi pior.

"Da outra vez choveu tudo no mesmo dia. Agora, há três semanas chove sem parar e encharca o chão", disse.

Fardim, que é solteiro, mas mora com a família, diz que parentes de Minas Gerais ligam quase todos os dias para saber se ele está bem.

Na noite de Natal, no entanto, só havia ele e mais três pessoas no hotel.

"Muita gente reservou, mas não tinha como chegar. Ficamos sozinhos", disse.


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