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Verão chega sem muro contra cheias na marginal

Governo de São Paulo anunciou em 2011 que faria sistema na Tietê

Necessidade de diques surgiu após inundação de pistas; Estado diz que falta instalação elétrica em obra

EDUARDO GERAQUE DE SÃO PAULO

Mais um verão chegou sem que os muros de contenção para proteger as pistas da marginal Tietê das enchentes de janeiro estejam prontos.

As obras estão sendo feitas na região desde 2011, pelo governo de São Paulo, que havia prometido o funcionamento dos primeiros diques para o verão de 2011/2012.

Em agosto deste ano, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que pelo menos três --das seis obras que estão sendo feitas ao longo da marginal-- estariam prontas até este verão. Todo o pacote terá um custo estimado de R$ 57,5 milhões.

A temporada de chuvas já começou, mas eles ainda não ficaram prontos --e o governo, por meio do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), não revela detalhes do novo cronograma.

Só diz que estão prontos 90% de uma das três obras previstas para este verão --do muro de contenção da margem direita do Tietê, na altura da ponte da Vila Maria.

O que está faltando, segundo o DAEE, é a instalação elétrica no local, o que não depende do governo do Estado para ser finalizada.

Além de uma das obras na ponte da Vila Maria, o cronograma apresentado em agosto previa que mais dois diques, nas duas margens do rio, na altura da ponte Aricanduva, ficariam prontos neste mês de dezembro. O Estado, porém, não dá nenhum novo prazo para terminá-los.

Um outro muro perto da ponte da Vila Maria seria terminado no fim do verão, em março de 2014.

Outras duas obras, Vila Guilherme e Limão, entrariam em operação apenas na próxima temporada de chuvas, em 2014/2015.

Existe um sétimo muro em obras, em conjunto com um sistema mais completo para evitar enchentes, sendo feito na zona leste, em parceria com a prefeitura.

A necessidade de construir diques contra a inundação das pistas da marginal surgiu em 2011, depois de três enchentes na região, que travou a cidade de São Paulo.

Tudo isso, após o governador Alckmin ter anunciado, em 2005, que o extravasamento do rio não iria mais ocorrer. Naquele ano, ocorreu o término de uma fase importante das obras de dragagem do leito do Tietê.

Entre os técnicos do DAEE existe uma avaliação de que os diques resolvem apenas parte do problema.

O mais importante, além das obras dos piscinões, onde também existem alguns atrasos, é a própria dragagem da calha do rio, de acordo com eles.

Em nota, o departamento de água e esgoto afirma que para este verão, que começou agora, o "Tietê nunca esteve tão desassoreado, sua calha encontra-se de acordo com a sua batimetria [profundidades] original, e os trabalhos de desassoreamento --que são contínuos-- seguem dentro do cronograma estipulado pelo governo".

Em todo o sistema Tietê, incluindo o seus afluentes, o governo do Estado de São Paulo afirma que investiu R$ 562 milhões no trabalho de dragagem do fundo do rio nos últimos anos.


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