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Médico de tom conciliador é anunciado como reitor da USP

Mais votado na eleição interna, Marco Antonio Zago foi confirmado pelo governador Alckmin

Auxiliares do novo dirigente dizem que estilo de Zago se opõe ao do atual reitor, João Grandino Rodas

FÁBIO TAKAHASHI DE SÃO PAULO

O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) anunciou ontem que o médico Marco Antonio Zago será o novo reitor da USP. Ele foi o mais votado na eleição interna da universidade, mas cabia ao Executivo a palavra final.

Zago, 67, é considerado um importante cientista do país. Participou, por exemplo, de uma das principais pesquisas nacionais sobre o genoma.

Ele tem adotado discurso de "apaziguamento" (termo que ele mesmo cita constantemente), fugindo de polêmicas e de embates, o que se contrapõe ao atual reitor, João Grandino Rodas.

Mesmo em relação a uma das suas principais bandeiras --a melhoria na graduação--, o futuro reitor preferiu não adotar fórmula pronta.

"Vamos ouvir as unidades [faculdades], ver o que pode ser implementado de inovação", disse à Folha --que antecipou em seu site ontem a decisão do governador.

Em seu programa de gestão, Zago afirma ser necessário melhorar a avaliação da graduação e mapear os formados na universidade. Uma de suas metas é diminuir a evasão nos cursos, que está na casa dos 25%, segundo ele.

Na eleição que definiu a lista tríplice enviada ao governador, Zago teve mais votos que os dois concorrentes somados, entre 2.000 eleitores (mais de 80% de docentes).

Ele já havia sido o mais votado numa consulta aberta na universidade, da qual participaram 14 mil pessoas.

Auxiliares de Zago dizem que o resultado mostra que a maioria da USP preferiu um gestor com perfil diferente do que apresenta o atual reitor.

Para implementar seus programas, Rodas (escolhido em 2009 pelo governador José Serra apesar de ter sido o segundo colocado na eleição) enfrentou polêmicas.

Uma delas foi a assinatura de um convênio com a Polícia Militar para policiamento do campus da Cidade Universitária, após um estudante morrer assassinado no local.

O movimento estudantil reclamou que não houve diálogo para negociar o acordo e fez greve contra o convênio.

Houve greve de parte dos alunos também contra a mudança no processo eleitoral adotada pelo reitor, considerada insuficientes e pouco debatida na instituição.

Zago foi pró-reitor de pesquisa da gestão Rodas, mas não recebeu apoio do dirigente, que pediu votos para Wanderley Messias --que acabou em terceiro na votação.

Além de melhoria na graduação, Zago promete descentralizar poder.

Segundo ele, as decisões estão muito centradas no reitor. A posse será no próximo dia 25 de janeiro.


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