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Foco

'Farofa chique' vira opção aos preços altos em Maresias

NATÁLIA CANCIAN ENVIADA ESPECIAL AO LITORAL NORTE

"O pessoal do cooler está invadindo a praia", afirma o vendedor Eduardo Scheid, 38, atrás da barraca onde vende bebidas --vazia.

O diagnóstico, repetido por outros donos de barracas de bebidas e alimentos, ocorre na badalada praia de Maresias, em São Sebastião, onde isopores e caixas térmicas se espalham sob os guarda-sóis, como uma "farofa chique".

"Antigamente em Maresias era um pessoal bonito, que não reclamava para comprar. Agora o pessoal está trazendo tudo de casa", diz a ambulante Marli Lima, que distribuiu 13 conjuntos de guarda-sóis e cadeiras para conquistar clientes --mais da metade, porém, levava a tiracolo uma caixa térmica de casa.

QUEDA

Vendedores dizem já sentir queda de até 30% nas vendas nesta temporada.

A única zona (quase) livre da invasão das caixas térmicas é a que fica em frente a alguns restaurantes badalados, que chegam a aumentar o valor cobrado de consumação caso isso ocorra --de R$ 20, o valor passa a R$ 35.

O valor se refere ao total cobrado por pessoa para o empréstimo de mesas, cadeiras e guarda-sóis.

Mesmo com a cobrança extra, turistas dizem que trazer a caixa térmica com bebidas extras vale a pena --principalmente para economizar na cerveja, a R$ 11 a garrafa.

"Ontem não trouxemos e a conta ficou em R$ 550 para dez pessoas", afirma a professora Rúbia Amaral, 34, que saiu de Rio Claro para passar o Réveillon em Maresias.

Nas barracas, uma lata de cerveja pode custar até R$ 7.

"A única coisa que gastei até agora foi uma água de coco", afirma o gerente de novas mídias Diego Felice, 30, com mais de 12 familiares e amigos --incluindo uma caixa térmica com água, cerveja, e salgadinhos.


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