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Cemitério do Araçá é alvo de ataque de vândalos

Ao menos 21 lápides foram quebradas; câmeras da região serão analisadas

Segundo testemunhas, grupo vestido com roupas pretas invadiu o local na madrugada do último domingo

RICARDO BUNDUKY DE SÃO PAULO

Imagens de santos feitos de mármore desmembrados e caídos sobre as lápides, estátuas de bronze e cobre com as cabeças tocando o chão, e crucifixos destruídos.

Esses são alguns dos sinais da destruição no cemitério do Araçá (zona oeste), resultado do maior ato de vandalismo já ocorrido no local. Ao menos 21 lápides foram depredadas.

Testemunhas dizem que a destruição foi feita por um grupo de cerca de 30 pessoas. Vestindo roupas pretas, elas pularam o muro do cemitério na madrugada de domingo.

Foi arrombada ainda a porta da capela, construída em 1897. Ontem, era possível ver o altar de mármore aos pedaços, recolhidos em um canto.

Segundo a administração do cemitério, ali havia uma estátua de Nossa Senhora Auxiliadora, também atacada.

Em um dos túmulos, próximos à capela, uma imagem de Cristo, feita em mármore de Carrara, foi decapitada.

Até os banheiros foram danificados, com pias e vasos sanitários quebrados. Dois carrinhos elétricos, usados para o transporte de caixões, também foram avariados.

Construído em 1887, o Araçá abriga as sepulturas de personalidades como o jornalista e empresário Assis Chateaubriand, a atriz Cacilda Becker e o jogador Dener.

HISTÓRICO

Em novembro, vândalos invadiram o Ossário Geral, onde estão os restos mortais de 1.046 pessoas encontrados no cemitério Dom Bosco, em Perus (zona norte), usado para enterrar presos políticos e comuns como indigentes.

Uma obra de arte que fazia alusão aos aos desaparecidos da ditadura militar (1964-1985) foi destruída e ossos espalhados pelo cemitério.

Agora, a polícia diz ter poucos indícios dos criminosos. Câmeras de seguranças dos arredores serão analisadas.

O policiamento do local é feito pela Guarda Civil Metropolitana de dia. À noite, não há vigilância. O Serviço Funerário Municipal informou seguranças privados serão contratados neste semestre.

Ao saber do ocorrido, o advogado Nelson Gambarini, 78 foi verificar se o túmulo da família havia sido danificado, o que, por sorte, não ocorreu.

Segundo ele, nos últimos 20 anos, o túmulo foi danificado três vezes.


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