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Novo rodízio é 'paliativo', reconhece secretário

Motorista deve buscar alternativas, diz Tatto

DE SÃO PAULO

O secretário Jilmar Tatto (Transportes) reconhece que a ampliação do rodízio é uma "medida paliativa", mas espera que os motoristas afetados pela nova restrição passem a usar alternativas, como ônibus, metrô ou até bicicletas ou caminhadas.

"As cidades vão criando regras para tentar garantir uma mobilidade razoável. Sabemos que essa medida, daqui a cinco anos, dez talvez, o efeito dela é muito pequeno. A solução é evitar o uso do carro quando não há grande necessidade e investimento pesado em transporte público."

Especialistas e representantes de categorias profissionais que dependem do trânsito paulistano dizem que a ampliação deveria ocorrer depois que a prefeitura criasse alternativas.

Para Sergio Ejzenberg, engenheiro e mestre em transportes pela USP, a prefeitura deveria primeiro melhorar a rede de transporte coletivo.

"O rodízio condena algumas pessoas ao imobilismo, para que a velocidade das outras aumente. O melhor seria oferecer opções antes de ampliá-lo, tanto no transporte público como no individual, por exemplo com uma política de estímulo real à carona, de forma segura", afirma.

Ele diz que aumentar a restrição não irá resolver a situação do trânsito, só "empurra o problema com a barriga".

Norival de Almeida Silva, presidente do Sindicam (sindicato dos transportadores autônomos), diz que a medida vai alterar a dinâmica do setor e pode representar aumento de preços. "Hoje começamos pelos bairros e vamos chegando ao centro na hora que o rodízio acaba. Sem isso, teremos menos tempo para trabalhar", afirma.

"Não somos nós que escolhemos onde ir, temos que atender o cliente. Já vivemos com uma série de restrições. Agora vai ficar difícil."

Ele cita, por exemplo, a avenida Jacu Pêssego, na zona leste. Hoje muito usada por caminhões, a via entrará na restrição. "Enquanto o trecho leste do Rodoanel não ficar pronto, não tem como."

PREFEITO CRIATIVO

Tatto disse não ver como ameaça aos corredores de ônibus a decisão do prefeito Fernando Haddad (PT), anunciada anteontem, de suspender obras que precisam de desapropriações, por não ter como pagar as contrapartidas exigidas pela União.

"Para a desapropriação não pode ser usado dinheiro do governo federal, mas o prefeito é bastante criativo e vamos ver como ele vai resolver isso. Ainda bem que não sou prefeito, ele é o prefeito."

Tatto disse que as obras de corredores poderão começar por trechos em que não são necessárias desapropriações.


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