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Nilza Kfouri Camargo (1936-2014)

Teimosa, fazia tudo como e quando queria

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

A professa Nilza Camargo era uma teimosa que não admitia ser mandada. Sempre fez tudo o que queria, como e quando lhe dava vontade.

Para a família, foi assim até o último minuto de vida. Ao morrer de infarto, foi embora como quis: não fez ninguém sofrer, foi rápida e decidida.

Por causa de sua determinação, Nilza deixava sua marca por onde passava, mas também era lembrada por ser simpática, extrovertida e alegre.

Era uma professora "dos tempos antigos", que prezava não apenas o ensino da leitura e da escrita, mas também a formação moral. Queria que seus alunos tivessem caráter.

Por causa do trabalho, conheceu Roberto. Funcionária do Estado de São Paulo, foi transferida para Pariquera-Açu, no Vale do Ribeira. O encontro em um baile de Carnaval na cidade foi o primeiro passo para um casamento que durou mais de 50 anos.

Formavam um casal pé de valsa, que adorava festas, principalmente em clubes árabes, ascendência de Nilza.

Órfã de pai desde os dez anos, ajudou a mãe a criar os irmãos, e assim continuou pelo resto da vida. Fazia tudo para todos. Queria estar por dentro de qualquer acontecimento. Se alguém fosse comprar um imóvel, lá estava ela acompanhando a negociação.

Tinha como principal hobby fazer tapetes de arraiolo --tipo de ponto de bordado. Distribuiu peças para todos os descendentes e ainda deixou várias guardadas em casa, que já era toda decorada com suas obras de artesanato.

Morreu na sexta-feira (3), aos 77. Viúva, deixa três filhos, Lilian, Roberto e Ana Cristina, e os netos, Beatriz, Guilherme e Camila.


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