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Carlos Roberto Macedo Monteiro (1947-2014)

Crioulo dos Pampas e sua gaita

ANDRESSA TAFFAREL DE SÃO PAULO

Carlos Roberto nasceu em uma família de músicos gaúchos que cantavam as belezas do Rio Grande do Sul. Até sua avó era uma exímia tocadora de gaita, como o acordeão é chamado no Estado.

Com tanta influência, não teve jeito: ainda criança, Carlos começou a acompanhar o pai nas apresentações.

Após tocar outros instrumentos, apaixonou-se de vez pela gaita por volta dos 18.

O sucesso veio com a música "Crioulo dos Pampas", que, além de abrir caminhos para sua carreira, acabou se tornando seu nome artístico. A canção preferida do público nos shows, porém, era "Nego Bom Não Se Mistura".

Crioulo dos Pampas gravou 19 discos e foi um dos poucos cantores negros a fazer sucesso no nativismo, uma das vertentes da música gaúcha, com letras mais conotativas e metafóricas.

Era conhecido pelas composições populares e voltadas ao "regionalismo chucro".

Há 25 anos, conheceu Iara, irmã de um amigo, em um baile em Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai. Juntos, tiveram dois filhos: Sandyara e Carlos, que já segue os passos do pai.

Contagiava a todos com sua alegria e não gostava de ver ninguém triste. Um dos versos de sua música mais famosa resume bem seu espírito: "No dia em que eu morrer/ Façam festa com fartura/ Não quero muita tristeza/ Nem caixão de tábua dura".

Na cidade natal da mulher, Crioulo dos Pampas fez seu último show, em 9 de dezembro. Morreu na quinta-feira (9), aos 66, de infarto. Além de Iara, Sandyara e Carlos, deixa outros três filhos.


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