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Reitores pedem ajuda federal para universidades fechadas

Instituições particulares Gama Filho e UniverCidade, ambas do Rio, foram descredenciadas pelo MEC; dívida chega a R$ 900 mi

FABIO BRISOLLA DO RIO

Reitores de cinco universidades federais do Rio pediram ontem em nota a federalização das instituições de ensino particulares Gama Filho e UniverCidade (Centro Universitário da Cidade), ambas do Rio, descredenciadas pelo MEC (Ministério da Educação).

Na nota, os reitores afirmam que a transferência de quase 10 mil estudantes, cogitada pelo MEC, "pode se mostrar inviável a curto e médio prazo".

O MEC informou à Folha que "não existe qualquer amparo constitucional e legal para a contratação dos professores e técnicos administrativos das instituições sem concurso público".

Na prática, o descredenciamento significa o encerramento das atividades acadêmicas nas quatro unidades de ensino sob a chancela de Gama Filho e UniverCidade.

A "baixa qualidade acadêmica" e "o comprometimento da situação financeira" estão entre as razões apontadas pelo MEC para a decisão.

A pasta, anteriormente, chegou a firmar um Termo de Saneamento de Deficiências com o grupo Galileo Educacional, responsável pela gestão das duas instituições.

O acordo previa, por exemplo, o fim dos atrasos no pagamento dos professores. Os educadores seguem sem receber salários desde outubro.

"Queremos nos desculpar por essa situação. E pedimos muita paciência, nesse momento, a alunos, professores e funcionários", disse Alex Porto, presidente do grupo Galileo Educacional.

Porto considerou o descredenciamento uma "violação de princípios constitucionais". Ele espera reverter na Justiça a decisão do MEC.

Somadas, Gama Filho e UniverCidade têm uma dívida de R$ 900 milhões.

Os alunos receberam com perplexidade a notícia. "Eu estava esperançoso. Acreditava que fosse possível reverter a situação", lamentou Eder Tavares, 27, que concluiu o quinto ano de medicina pela Gama Filho.

Ele voltou ontem ao campus em busca de informações. Com funcionários em greve, os alunos não têm acesso aos documentos necessários para a transferência para outra universidade.

"Minhas notas do semestre passado não foram lançadas no sistema e, por isso, estou como reprovado. Já vim três vezes tentar resolver a situação", disse Tavares.

O representante da Galileo informou que, nas próximas semanas, a comunicação com os alunos será apenas via email (reitoria@ugf.br).


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