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Prefeitura antecipa remoção de 'favelinha' da cracolândia

Até 400 pessoas devem ser hospedadas nos 111 quartos reservados em hotéis da região

Inicialmente marcada para hoje, operação começou ontem à tarde; quem for para hotel terá tratamento e trabalho

ARETHA YARAK DE SÃO PAULO

Agendado para hoje, o desmonte da "favelinha" erguida por usuários de drogas na cracolândia teve início na tarde de ontem. Os primeiros a serem retirados foram os barracos montados na rua Helvétia, entre a alameda Dino Bueno e a alameda Cleveland, no centro da cidade.

"Finalmente, tenho uma oportunidade de mudança", afirmou Roberto Gonçalves, 37, dono de um dos 40 barracos retirados ontem.

Segundo a prefeitura, a ação foi adiantada porque os próprios moradores, sabendo que seriam removidos, começaram o desmonte.

Participaram equipes das secretarias de saúde, assistência social e segurança, além da PM e da ONG União Social Brasil Gigante, gestora do programa.

Está prevista para hoje a retirada da maior parte dos barracos, erguidos na calçada da alameda Dino Bueno.

"A remoção dos barracos dessa área menor serviu como um teste. Tudo indica que a ação nesta quarta [hoje] será tranquila", disse o tenente da PM Willian Thomaz, responsável pela área.

Para hoje, a PM deve aumentar de 32 para 50 o efetivo presente no local. Segundo a prefeitura, a ação da polícia é apenas de retaguarda.

OPERAÇÃO

A operação na cracolândia prevê o encaminhamento de até 400 pessoas para um dos 111 quartos reservados em quatro hotéis da região.

Familiares e casais dividirão quarto. Os solteiros ficarão em quartos com no máximo quatro pessoas. Não há prazo estipulado para que eles deixem o hotel.

Para que fiquem hospedados, os usuários terão que fazer tratamento médico contra o vício e trabalhar quatro horas por dia em zeladoria de praças, como varrição, além de duas horas de requalificação profissional.

Por dia trabalhado, eles receberão R$ 15 --o pagamento é semanal.

Como o programa de trabalho está atrelado com o tratamento, o usuário que passar mal em função do vício e não for trabalhar, mas comprovar que passou por um dos equipamentos de saúde, receberá pelo dia.

Cada usuário no programa custará à prefeitura um salário mínimo e meio por mês -- ou seja, R$ 1.086.

Nos primeiros seis meses,a gestão do programa será feita pela ONG União Social Brasil Gigante, por um convênio emergencial assinado com a prefeitura no valor de mais de R$ 3,6 milhões.

A ONG é responsável pela supervisão dos hotéis, monitoramento de equipes de trabalho e contrato com o restaurante popular Bom Prato.

Em 90 dias será aberta uma licitação para que a prefeitura consiga dar continuidade ao programa.


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