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Sem-teto prometem 'rolezão' hoje na zona sul

DE SÃO PAULO

Representantes de movimentos sociais de sem-teto prometem realizar na tarde de hoje um "rolezão popular" dentro de dois shoppings da zona sul de São Paulo: Campo Limpo e Jardim Sul.

O evento foi convocado pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) e por outros coletivos da periferia.

"É um protesto contra a postura preconceituosa, que fecha shoppings para pessoas da periferia", afirma Jussara Basso, do MTST.

Na semana passada, três centros de compras da capital, incluindo o Campo Limpo, conseguiram liminares na Justiça que previam até R$ 10 mil de multa a quem fosse flagrado fazendo tumulto nos chamados "rolezinhos" --encontros de jovens marcados pelas redes sociais.

Os sem-teto esperam reunir 3.000 pessoas às 17h de hoje, nas estações Giovani Gronchi e Campo Limpo. Depois, caminharão, em dois grupos, até os shoppings.

O presidente da Abrasce (associação de shoppings do país), Luiz Fernando Veiga, nega que haja preconceito no veto aos encontros.

"Não fazemos discriminação em shoppings. Se entrarem cordialmente, ninguém será barrado", afirma.

Questionado sobre se houve preconceito de seguranças que pediram a carteira de identidade de clientes na entrada do shopping JK Iguatemi, no último sábado, Veiga respondeu que não. "Filhos de amigos meus de classe A também mostraram RG."

Procurados sobre o protesto marcado para hoje, os shoppings Campo Limpo e Jardim Sul afirmaram que adotam medidas para garantir a segurança de clientes, lojistas e funcionários.

Para o próximo sábado, "rolezinhos" em pelo menos três shoppings terão o apoio da Juventude do PT.

OCUPAÇÃO

Ontem, em reunião com os sem-teto, a Prefeitura de São Paulo concordou em apoiar a mudança do zoneamento de um terreno invadido Jardim Ângela se estudos indicarem que a área pode ser usada para habitação popular sem degradar o ambiente.

A ocupação na zona sul, conhecida como Nova Palestina, é hoje a maior da cidade, com 8.000 famílias. A mudança, que precisa passar por votação n Câmara, é uma reivindicação do MTST.

Na semana passada, o prefeito Fernando Haddad (PT) havia defendido fazer um parque no local, provocando protesto de 5.000 pessoas.

Segundo Guilherme Boulos, do MTST, a reunião de ontem deixou a relação com a prefeitura "mais satisfatória".


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