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Depoimento

Peguem as minas, mas deixem os clientes dos shoppings em paz

LUIZ FELIPE PONDÉ COLUNISTA DA FOLHA

Final de tarde no Center Norte, sábado, 18 de janeiro. Um calor de matar. Lotado. Minissaias, shortinhos, camisetas, bermudas, sorvetes. Carrinhos de bebês. Ar-condicionado cansado. Parece praia de paulista.

Gente comum, aquele tipo de gente que os movimentos sociais dizem defender, mas que na realidade detestam, justamente pelo seu amor aos shoppings e ao consumo.

Se as autoridades cometeram erros na primeira abordagem da baladinha de periferia conhecida como "rolezinho", os movimentos sociais mais uma vez revelaram seu lado B: são antissociais, míopes, e geradores de ressentimento e ódio. Esses revolucionários do Face são tão alienados quanto "as zelite brasileira".

Nada de novo no front: as ciências sociais não entendem nada de gente de verdade. Consideram essa gente sua inimiga porque ela não cabe em caixinhas ideológicas.

O resumo da ópera do pânico com os "rolezinhos" é "polícia demais no começo, sociologia demais no fim".

Até uma alta autoridade do governo cometeu o pecado comum de governos racistas: "esse pânico é coisa de branco". Não há política nos "rolezinhos" (nos verdadeiros), pelo menos não a política que os revolucionários do Face apreciam.

Converso com algumas pessoas no shopping. Em meio à população autóctone, muitos adolescentes com roupa "kit rolezinho". Uma paisagem normal.

Dizer que o medo que as pessoas nos shoppings tiveram do "rolezinho" é preconceito é típico da ignorância dos movimentos (anti) sociais, do tipo que quis invadir o JK Iguatemi anteontem.

O que assustou as pessoas (e não falo de "rico", falo da gente comum que anda e trabalha nos shoppings) foi o número de jovens de uma vez só, a correria, o barulho e alguns furtos.

Ninguém gosta de bagunça no shopping. Ora, sempre que há multidão, há risco, isso nada tem a ver com racismo ou luta de classes. Quem pensa que tem é a "playboyzada esquerdopata" dos colégios de rico da zona oeste, mitomaníacos sociais.

Olhando para o cenário e para os "atores sociais" ali, eu diria: deixem as pessoas andarem em paz nos shoppings. Que consumam em paz. E se der pra pegar uma mina, melhor.


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