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Alckmin se reúne com sem-teto após manifestação

Marcha com 8.000 pessoas, segundo a PM, seguia para a sede do governo

Encontro negociado durante o protesto visava evitar desgaste semelhante ao ocorrido com a prefeitura

REYNALDO TUROLLO JR. DE SÃO PAULO

Após uma marcha que reuniu entre 8.000 e 10 mil pessoas, segundo estimativas da polícia e dos organizadores, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) recebeu ontem à tarde uma comissão de sem-teto para discutir habitação.

Na reunião, com presença dos secretários Silvio Torres (Habitação) e Edson Aparecido (Casa Civil), o governo se comprometeu a atender as principais reivindicações do grupo, que afetam ao menos duas ocupações e um empreendimento na Grande SP.

Para o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), a reunião foi "produtiva" e teve um "gosto especial": ontem fez dois anos que a Polícia Militar atuou na desocupação da área conhecida como Pinheirinho, em São José dos Campos (SP).

A reunião foi acertada por telefone com os sem-teto enquanto a marcha seguia para o palácio dos Bandeirantes. Alckmin quis dar uma resposta rápida e evitar crises.

Moradores de 11 ocupações participaram da caminhada, divididos em duas frentes que se juntaram às 11h ao lado do estádio do Morumbi. Apesar de o ato ter sido pacífico, dois supermercados e um shopping no trajeto fecharam.

A maioria dos manifestantes era da Nova Palestina, na zona sul, maior acampamento de sem-teto da cidade, com cerca de 8.000 famílias.

Após semanas de embates com o prefeito Fernando Haddad (PT) --que defendera a criação de um parque no terreno e depois recuou--, o MTST considerou que era a hora de pressionar o Estado.

PEDIDOS

Segundo o coordenador do MTST Guilherme Boulos, o principal pedido era para que o governo aumentasse o aporte de recursos estaduais nos projetos do programa federal Minha Casa, Minha Vida para a faixa 1 de renda familiar (até R$ 1.600 mensais).

Hoje, para cada unidade habitacional construída para famílias nessa faixa de renda, o governo federal entra com R$ 76 mil e o governo paulista, com R$ 20 mil.

"Não dá para construir casa para uma família morar."

A restrição orçamentária, segundo ele, estava barrando um projeto de 700 unidades em Taboão da Serra.

Após a reunião, o secretário de Habitação, Silvio Torres, afirmou que o governo analisará o projeto, que prevê casas maiores, e poderá aumentar os recursos.

Ainda segundo Torres, o governo fará um estudo topográfico na área da Nova Palestina para dizer quantas casas podem ser construídas.

Para tanto, a prefeitura terá de revogar um decreto da gestão Gilberto Kassab que destina o terreno para a criação de um parque.


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