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Trem sai dos trilhos e para linhas por 12 h no Rio

Ônibus e metrôs superlotados foram única alternativa para passageiros

Concessionária diz que situação foi 'atípica'; Central do Brasil, que recebe 600 mil pessoas por dia, ficou fechada

DIANA BRITO FABIO BRISOLLA DO RIO

A colisão de um trem com um poste que sustentava a rede elétrica, às 5h15 de ontem, paralisou a circulação de trens entre a estação de São Cristovão, na zona norte, onde houve o acidente, e a Central do Brasil, no Rio.

Por quase 12 horas, a principal estação da cidade, por onde passam 600 mil pessoas por dia, ficou fechada.

Às 16h começaram a sair da Central os primeiros trens, mas só às 18h30 a circulação voltou ao normal.

O problema fez os trens que vinham da zona oeste e da Baixada Fluminense pararem nas estações do Engenho de Dentro e de São Francisco Xavier (zona norte).

Lá, durante toda a manhã, passageiros tentavam pegar ônibus ou metrô, superlotados, para seguir viagem.

Sem dinheiro para pegar outra condução, muitos caminharam pelos trilhos em direção à Central --trajeto que pode chegar a 12 km do Engenho de Dentro.

Muitas pessoas passaram mal por causa do calor, que ontem chegou a 37ºC. "Fiquei quase quatro horas sem informação, de pé no vagão cheio e sem ar condicionado", contou a passadeira Vera Lúcia Lima, 51, que seguia da Baixada Fluminense para a Lagoa, zona sul.

Em nota, a SuperVia, concessionária que administra os cinco ramais de trens que ligam a Central à zona oeste e à Baixada, informou que distribuiu 10 mil vales para viagens de trem e reembolsou os valores das passagens para um número não divulgado de pessoas.

Presidente da empresa, Carlos José Cunha, disse que o que aconteceu ontem foi "uma situação atípica". A concessionária ainda investigavam as causas do acidente, mas negou que tenha havido falta de manutenção.

Ao chegar para vistoriar o local do acidente, o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, foi hostilizado por passageiros. Lopes admitiu que a SuperVia e o governo não têm um plano de contingência para a paralisação total do sistema ferroviário.

A Agetransp, que fiscaliza as concessionárias de transportes públicos do Estado, e o Procon do Rio informaram que a empresa será multada, mas não divulgaram valores.

A rotina dos passageiros dos trens sob gestão da SuperVia está associada a atrasos, vagões deteriorados e falhas no atendimento. Em abril de 2009, seguranças agrediram com socos e chicotadas quem tentava entrar em um vagão lotado.

Nos últimos cinco anos, a Agetransp aplicou 14 multas à concessionária --no total de R$ 5,2 milhões. O governo do Rio antecipou a renovação do contrato até 2048.


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