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Piscinão falha e inunda casas na Grande SP

Centenas de residências foram atingidas pelo córrego Pirajuçara, que transbordou após chuva de anteontem

Local que deveria receber a água da chuva estava cheio; moradores dizem que falta manutenção

REYNALDO TUROLLO JR. DE SÃO PAULO

A combinação de chuva forte e piscinões sem manutenção há quase um ano fez centenas de famílias perderem tudo o que tinham em casa na região metropolitana de São Paulo anteontem.

Bairros que ficam às margens do córrego Pirajuçara na zona oeste da capital, em Taboão da Serra e em Embu das Artes foram os mais atingidos. Revoltados, moradores fizeram barricadas com móveis que perderam e atearam fogo. O cenário era de ruas cobertas de lama e mau cheiro.

Só em Taboão, 500 pessoas ficaram desalojadas, segundo a Defesa Civil municipal.

Ao menos cinco carros foram levados pelo córrego, como o Clio de Agamenon de Lima, 58. "A água na rua estava a mais de um metro de altura. Não tinha o que fazer", disse. Um homem estava desaparecido em Embu, segundo os bombeiros.

Lá fica o piscinão Nova República que, segundo moradores, causou a inundação na região. O piscinão tem a função de receber a água do Pirajuçara quando chove. Após a chuva, devolve a água para o córrego, e fica novamente vazio.

Porém, das quatro bombas que devolvem a água, só uma funciona --e ela estaria desligada antes do temporal de anteontem. Com o piscinão cheio, a chuva de quase uma hora fez o córrego transbordar e inundar casas num trecho de mais de 1 km às margens do córrego.

Moradores dizem que o piscinão também transbordou. "Já peguei dez enchentes aqui. Duas depois da construção do piscinão", diz Nivaldo Medeiros, dono de um bar.

O DAEE (departamento de água e esgoto), do Estado, diz que a manutenção dos piscinões "sempre foi das prefeituras", mas que, desde 2011, "apoia" os municípios que alegam não ter recursos.

Segundo o órgão, o primeiro contrato de manutenção dos piscinões (inclusive o de Embu) acabou em março de 2013, quando as prefeituras deveriam ter assumido a função. No último dia 6, o Estado assinou novo contrato para a manutenção dos piscinões e informou que vai priorizar o conserto das bombas.

A Prefeitura de Embu das Artes, por sua vez, afirma que desde 2011, quando foi assinado o convênio, o governo do Estado é "100% responsável pelo piscinão".


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