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Janeiro é o mais quente já registrado em SP e pode superar todos os meses

Média de temperaturas máximas chegou a 31,7°C na capital paulista; recorde está a 0,1ºC

Dados são do Inmet, que iniciou a medição em 1943; previsão é que temperatura aumente hoje e amanhã

FABRÍCIO LOBEL SÃO PAULO

Faltando só um dia para acabar, este janeiro já é o mais quente que se tem registro na cidade de São Paulo e não terá de suar para bater um novo recorde: ser o mais quente de todos os meses desde 1943.

A Folha fez o levantamento a partir de dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), que mede a temperatura há 71 anos.

Até ontem, a média das temperaturas máximas deste ano era de 31,7°C. O valor se aproxima da atual marca para um mês, que é de 31,8°C, em fevereiro de 1984.

A previsão para hoje e amanhã é de aumento das temperaturas. Com isso, a média deste janeiro deve crescer, confirmando o que muito paulistano já suspeita: nunca houve registro de um mês tão quente por aqui.

Esses dias estão, em média, 3,5°C mais quentes do que o esperado. No dia 3, a temperatura chegou a 35,4°C, quase 8°C a mais do que a média prevista para o mês.

Dos 29 primeiros dias do ano, 24 tiveram temperaturas superiores a 30°C. Ontem, os termômetros no mirante de Santana (zona norte) chegaram a marcar 33,9 °C.

Segundo o Inmet, o calor do início do ano permaneceu, pois uma zona de alta pressão sobre o oceano Atlântico se expandiu por São Paulo, impedindo massas de ar que trariam chuvas da Amazônia e da região Sul do país.

De acordo com o professor do departamento de ciências atmosféricas da USP, Ricardo de Camargo, a ausência de chuvas pode estar ligada a uma perturbação atmosférica num contexto global.

"É um fenômeno anômalo de escala global, o mesmo que causou o frio extremo no leste dos EUA", explica.

Segundo o professor, os efeitos do calor costumam ser ainda maiores do que os índices dos termômetros.

"O efeito da temperatura sobre o asfalto, o concreto e telhados das casas aumenta ainda mais o desconforto."

Para conter os efeitos do calor, especialistas recomendam a ingestão de líquidos, o uso de roupas de algodão puro e o desligamento de eletrônicos dentro de casa (veja no quadro acima).

Na última terça, a Folha mostrou que as altas temperaturas têm influenciado também no consumo de energia, devido ao uso mais intenso de ar-condicionado, ventiladores e chuveiros elétricos.


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