Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Cotidiano

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Ministro da Saúde acusa oposição de criar 'um grande espetáculo'

DE BRASÍLIA

O novo ministro da Saúde, Arthur Chioro, acusou a oposição de fazer uma "exploração política" do episódio da saída da médica cubana Ramona Rodriguez do programa Mais Médicos.

O petista, que assumiu a chefia do ministério nesta semana, tinha agenda com médicos cubanos marcada para ontem de manhã em São Paulo, mas o evento acabou sendo cancelado.

Durante uma coletiva em Brasília, ele acusou a oposição de criar um "grande espetáculo" diante de uma "situação normal de desistência".

De acordo com o ministério, 102 profissionais se desligaram até o momento do programa. O número equivale a 1,9% do total de 5.378 profissionais atualmente em atividade pelo Mais Médicos. Desses, 22 são cubanos --17 deixaram o trabalho por motivo de saúde e cinco alegaram questões pessoais para voltar à ilha.

O ministro da Saúde ainda criticou a atitude da médica cubana, que, segundo ele, trouxe "graves prejuízos aos pacientes agendados".

"São gestantes, hipertensos, diabéticos, recém-nascidos. São pessoas que colocaram sua expectativa no atendimento, e não podemos aceitar que haja prejuízo à qualidade, à eficiência do programa Mais Médicos."

O ministro, no entanto, evitou responder a questionamentos sobre a remuneração dos profissionais cubanos.

"Os termos da relação de trabalho são estabelecidos entre a Opas [Organização Pan-Americana de Saúde] e o governo de Cuba", disse.

'TRAMOIA'

Na manhã de ontem, o presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), Roberto d'Ávila, parabenizou a médica cubana Ramona Rodriguez por ter desistido do programa Mais Médicos.

"Ela teve a coragem de fugir dessa tramoia, desse trabalho de fome. O médico argentino [integrante do Mais Médicos] ganha R$ 10 mil e ela ganha R$ 900", disse.

Ele afirmou não reconhecer os intercambistas do programa --dispensados da revalidação do diploma pelo governo federal-- como médicos. Mas defendeu que a profissional seja protegida. "A AGU disse, no ano passado, que não teria asilo para os médicos [intercambistas]. Ela vai ser deportada e vai sofrer sanções graves", disse.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página