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Tatuador 'corre rápido' em briga, diz amiga

Agilidade e sobrenome fez manifestante preso no Rio ganhar apelido de Fox (raposa) durante acampamento contra Cabral

Com duas passagens pela polícia, jovem largou contabilidade para tentar fazer tatuagem profissional

DO RIO

Amigos do tatuador Fábio Raposo Barbosa, 22, e vizinhos do edifício onde ele morava sozinho no Méier, na zona norte do Rio, o descreveram como um jovem calmo --apesar de passagens pela polícia que já havia tido em ao menos duas manifestações anteriores no ano passado.

Reconhecido nas cenas do protesto de quinta por causa das tatuagens no corpo, ele abandonou a faculdade de contabilidade para tentar se tornar tatuador profissional.

Fazia os desenhos em casa, com material comprado no ano passado.

Barbosa foi participante assíduo dos protestos contra a alta da tarifa desde junho passado. É conhecido entre os manifestantes como "Fox" (raposa, em inglês).

Ganhou o apelido na segunda edição do Ocupa Cabral, acampamento montado no Leblon (zona sul) para pedir a renúncia do governador Sérgio Cabral (PMDB), em outubro de 2013.

De acordo com Elisa Quadros, a "Sininho", Barbosa foi chamado de "Fox" por causa do sobrenome (Raposo).

"Também o chamavam assim porque sempre que ocorria uma briga nas manifestações, ele corria rápido", disse uma amiga dele de 16 anos.

A estudante estava na manifestação de quinta-feira na Central do Brasil e disse ter encontrado Barbosa depois de o cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, 49, ter sido atingido por um rojão --que o tatuador admitiu ter manuseado.

"Ele disse que foi tudo rápido. Que repassou o rojão, e nem sabia que era um rojão, para o cara que pediu", relatou a amiga dele.

No Méier, uma vizinha de Barbosa que não quis se identificar disse que o jovem falava pouco, mas era educado e a ajudou com sua mudança.

O porteiro fez um relato semelhante.

TATUAGENS E CRIMES

Com várias tatuagens pelo corpo, além de desenhos tribais, Raposo diz ter carinho especial por quatro delas, incluindo uma com o nome da mãe e outra com o nome da irmã. Uma terceira tatuagem simbolizaria a paz.

O tatuador teve duas passagens pela polícia, em outubro e novembro de 2013, por crimes supostamente cometidos durante protestos. Ele foi autuado por ameaça e dano ao patrimônio.

A amiga dele com quem a Folha conversou diz que ele foi detido de forma aleatória durante confronto de manifestantes com policiais.


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